A acta da Assembleia Municipal da Guarda realizada em Junho encontra-se aqui.
Entre outras coisas os deputados falaram na poluição do rio Noéme:
- Deputado José Rabaça: “Caríssimo Presidente da Assembleia Municipal, Dr. Almeida Santos, caro Eng. Joaquim Valente, Presidente da Câmara Municipal da Guarda, Exmos. Vereadores, Senhores Presidentes de Junta, meus senhores e minhas senhoras, caros Jornalistas. Tratando-se de um crime, queríamos saber qual é o ponto da situação da despoluição do Rio Noéme e do Rio Diz. Era só isto, caro Presidente. Muito obrigado.” -----------------------------------------------------
- Presidente da Câmara: “Senhor Presidente da Assembleia Municipal e restante Mesa, Senhores Vereadores do Executivo, Senhores Autarcas da Assembleia Municipal e das Juntas de Freguesia e público do Marmeleiro aqui presente. (...) A questão formulada pelo Senhor Deputado António Rabaça, despoluição do Rio Diz. José Rabaça, peço desculpa. A despoluição do Rio Diz e do Rio Noéme. A poluição do Noéme? Quem polui é o Rio Diz. O Rio Noéme praticamente está a 98% despoluído. Como está o Rio Diz até à inserção, até à Gata, com a inserção de um caudal de uma empresa privada que os parâmetros de controlo da água, de vez em quando são aferidos. Mas, enfim, é preciso estar mais próximo. E os próprios serviços… Porque não são só os serviços da Câmara que podem aferir a qualidade dos caudais e a sua carga, em termos de matéria orgânica. Vamos providenciar e chamar às entidades a quem compete também fazer estas medições que façam uma fiscalização mais apertada por forma a que o interesse público não seja ferido. Tendo em atenção, e também já o disse, que o Rio Diz é um caudal que, tecnicamente, é difícil. Porquê? Porque, no Inverno, tem um caudal, uma capacidade de vazão bastante interessante. Grande até. E, no Verão, quase seca. Por vezes, são os efluentes da Etar de S. Miguel e desta unidade fabril que alimentam o caudal. Isto é uma realidade. Se algum dia o quiserem constatar, faremos o percurso, como já o temos feito, ao longo do Rio Diz, para detectar os focos, ainda, eventualmente, de insalubridade. E para constatar, de facto, que nesta altura, mesmo num Inverno chuvoso, o caudal do Rio Diz fica muito aquém das necessidades, em termos de poder de transporte para diluir os caudais que vêm ao leito. O que é que já foi feito? Primeiro, fiscalizar a qualidade dos efluentes. Se estão de acordo com os parâmetros? Não estão? Eu não sei. Nunca medi. Nem tenho capacidade nem competência para isso. Se não estão, reclame. Reclame por escrito. Desculpe lá. Eu fiz-lhe uma pergunta. O senhor diz que sabe. Então reclame. Faça essa reclamação. É legítima. Faça-a, claro.” -------------------------------------------
Nota: Esta acta é de Junho. Gostaria de publicar as actas o mais próximo possível da data de realização das reuniões mas ainda não consegui perceber quando ficam disponíveis aos cidadãos. Por exemplo, a de Dezembro ainda não está publicada. Infelizmente, esta continua actual e por isso vou levantar algumas questões sobre o seu conteúdo em próximos posts.
Gentes de Cá
Há 19 horas
fantástico este ponto da situação... porque é que ele não responde à pergunta?
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