Numa Assembleia Municipal devem discutir-se as coisas importantes da governação. Ontem, como em tantas outras, ter-se-ão discutido os assuntos prementes e definido as estratégias para 2011. Já aqui o disse também foi discutido o problema do Rio Noéme.
É inaceitável que na Assembleia de ontem se tenha votado uma "moção de repúdio" contra afirmações proferidas pelo Dr. Américo Rodrigues. São coisas de outros tempos. Tempos em que a Guarda era tacanha. Tempos em que não havia liberdade.
O Dr. Américo Rodrigues é um profissional cuja obra é reconhecida em todo o país. Dirige um Teatro que é (devia ser) o nosso maior motivo de orgulho. (O que é que a Guarda tem hoje para oferecer senão Cultura?) É, desde que me conheço, um Cidadão atento, crítico e participativo na causa pública. Parece que a opinião que expressa no seu blogue, Café Mondego, incomoda... os medíocres certamente.
A Guarda vive assim este dilema: por um lado cosmopolita, sustentada na programação excepcional do seu Teatro, por outro lado fechada em torno de baronetes que julgam poder fazer o que lhes apetece. À moda antiga, só que agora, um PIDE em cada blogue. E as pessoas assistem indiferentes.
A hora é de luta Cidadãos da Guarda: contra os baronetes que vivem mal com a liberdade de expressão; contra os baronetes que assassinam a Cultura; contra os baronetes que assassinam o Noéme... estão todos no mesmo saco e representam todos o mesmo.
Quando as hordas de Bárbaros invadiram Roma não se fizeram anunciar. Hoje chegam todos os dias ao som de vuvuzelas.