quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Palavra de Honra: um Museu da Água

Uma das ideias veiculadas no programa eleitoral do PS ("Palavra de Honra") é a criação de um Museu da Água. Tendo o concelho um importante curso de água vergonhosamente poluído a ideia dá que pensar.

O mesmo programa eleitoral omite qualquer referência explícita à resolução do problema do Rio Noéme (
remetendo para um vago "prosseguir a limpeza e manutenção das linhas de água"), embora as declarações do engenheiro Joaquim Valente indiciem que o assunto se possa resolver brevemente.

Ora o que o Noéme tem tido nas últimas décadas é tudo menos limpeza e a haver manutenção, só se for do crime continuamente cometido contra as suas águas. Acabando-se com a poluição, o Museu da Água poderia ter no seu espólio um garrafão das "Águas do Noéme" (já referido neste espaço) como símbolo de um tempo que já passou. Até lá seria uma vergonha abrir esse espaço ao público.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Tragédia antiga

A memória do Noéme não guarda só boas histórias:

"Um rapaz afogado.
No domingo último deu-se um lamentável desastre na ribeira do Noéme, no sítio da Laje de Marco onde o infeliz Armindo de 13 anos, filho de Joaquim Amarelo Carreira e Dona Antoninha Diniz se andava banhando com mais três ou quatro companheiros. A chave do caixão foi entregue ao professor Francisco António Sanches. O colega Luciano da Cruz Sanches fez um discurso de homenagem."
in "A Guarda", 5 de Agosto de 1916

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Onde acaba o Noéme e começa o Côa - as fotos





O Côa visto lá do alto


As "chancas"


Praia fluvial no Côa



O triste e seco Noéme. Ao fundo, no meio dos salgueiros, junta-se ao Côa

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Onde acaba o Noéme e começa o Côa

Ontem resolvi procurar o sítio onde o Noéme deixa de existir e se junta ao Rio Côa. Indicaram-me que seria no Jardo, uma aldeia do concelho de Almeida (também conhecido pelo "fim do Mundo"). Lá nos indicaram o caminho para o sítio que procurávamos. Fomos alertados que o único caminho possível se fazia a pé e se demorava 10 minutos a chegar lá (na realidade 20 minutos). Chegados ao Côa, descendo uma vereda íngreme, vimos os moinhos (abandonados) e as "chancas" (uma espécie de pontão, que não atravessámos). Alguns metros abaixo, ali estava o Noéme seco, só pedra à vista e cujo braço que entra no Côa tapado pelos salgueirais. Na outra margem do rio uma quinta com grande casario e a capela de S.Caetano abandonados. Um passeio longo mas com paisagens admiráveis.

No regresso, já em Porto Ovelha explicaram-nos que se poderia ter ido de carro (ou de comboio). Bastava ter ido até ao Preizal e a partir da "estação de comboio do Noéme" andar 50 metros para chegar ao Rio. Mas sem direito a paisagem!!

Nota: As fotografias serão publicadas em breve.

sábado, 19 de setembro de 2009

O guarda-rios

Noutros tempos havia nas zonas ribeirinhas o guarda-rios. Tinha como função apanhar quem pescasse ilegalmente ou extraísse areia do rio sem autorização. Também havia um pássaro assim chamado (e também por pica-peixe) que vivia junto aos rios e se alimentava de peixes. Actualmente, essa ave só se encontra em rios despoluídos.

Ambos desapareceram do Noéme.


[Mais informação sobre o guarda-rios nesta página]

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Despoluição do rio

No "Sol da Guarda" apareceu a seguinte notícia: http://soldaguarda.blogspot.com/2009/09/despoluir-os-rios-ouvi-dizer.html

No domingo passado, o engenheiro Joaquim Valente disse o mesmo no Rochoso.

Que comecem rapidamente as obras
.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

O Garrafão

Na ribeira do Rochoso alguém encheu um garrafão de 5 litros com água do Noéme (amarela e malcheirosa). Não sei qual o motivo de tão invulgar iniciativa. Mas sugiro a seguinte utilização: que se registe a marca "Águas do Noéme" e se desenhe o respectivo rótulo para colar nos garrafões. Esse e outros garrafões que se viessem a encher deveriam ser posteriormente entregues aos poluidores. Para que vissem!! E sempre que houvesse reunião de Câmara ou de Assembleia Municipal também deveriam ser entregues a vereadores e deputados. Para que se lembrassem!!

[Outra uso possível seria obrigar os poluidores a um banho purificador com "Águas do Noéme" por cada descarga venenosa efectuada no Rio.]

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Convenção Autárquica da candidatura de Crespo de Carvalho

Do candidato Crespo de Carvalho também não se conhece a estratégia para o concelho nem o seu programa eleitoral. No passado domingo terá havido a Convenção Autárquica (http://www.aguardaquer.net/noticias.asp) mas não saíram ainda as conclusões...

No site (ultrapassado no tempo) encontramos o Hino de Campanha e um contador "Tempo que falta para mudarmos a Guarda" que se parece com aqueles que assinalavam o fim das obras do Polis (esperemos que este não pare no tempo).

Assim vai o debate de ideias na Guarda.


segunda-feira, 7 de setembro de 2009

"Vila Fernando aplaude PS e Joaquim Valente" *

"Depois de percorrer a freguesia, aproveitando para se embrenhar em alguns dos anseios da população, a candidatura do PS foi recebida com ovação pela população de Vila Fernando. Foi em ambiente de festa que se apresentaram os candidatos PS à Assembleia de Freguesia de Vila Fernando".

Sabe-se que o candidato tem andado em digressão, apresentando as listas do PS às freguesias. E é sempre recebido em festa!!... Neste aspecto o site da candidatura do engenheiro Joaquim Valente representa o estado da arte no que diz respeito à utilização das plataformas electrónicas na política. Grafismo adequado e uso das redes sociais para transmitir a mensagem. Nos slides-show, fotografias de gente anónima junto do candidato. E passo a passo, o que vai fazendo o candidato. Mas no site não encontrei uma estratégia para a Guarda e o concelho. Hoje apareceu muito discretamente o programa eleitoral como anexo da notícia da sua apresentação no seu blog (http://emnomedaguarda.joaquimvalente.com/profiles/blogs/palavra-de-honra-candidatura). Por seu lado estão bem destacados os banhos de multidão, vários álbuns de fotografias (incluindo um de "Caritas Larocas") e em todos os sítios onde vou o omnipresente aviso: "Precisa de ser membro da rede social da Candidatura de Joaquim Valente para adicionar comentários". Nem no "Fórum de discussão" os "membros da rede social da Candidatura de Joaquim Valente" discutem ideias. Tudo muito socrático.

Espero ao menos que em Vila Fernando alguém tenha levado o engenheiro Joaquim Valente ao Rio Noéme.


* Título retirado do blog de candidatura de Joaquim Valente:
http://emnomedaguarda.joaquimvalente.com/profiles/blogs/vila-fernando-aplaude-ps-e

Luta

O blog da Associação Cultural e Recreativa de Vila Mendo dedicou outro post à poluição do Rio Noéme: http://acrvilamendo.blogspot.com/2009/09/rio-noeme-i.html

Quantos mais formos, mais ouvidas serão as nossas palavras. Precisamos combater os poluidores, denunciá-los e envergonhá-los publicamente. E que as entidades oficiais façam o seu papel também.

Em nome de um Noéme saudável.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Bom dia!

XX Poema

O Tejo é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia,

Mas o Tejo não é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia

Porque o Tejo não é o rio que corre pela minha aldeia.

O Tejo tem grandes navios
E navega nele ainda,

Para aqueles que vêem em tudo o que lá não está,
A memória das naus.
O Tejo desce de Espanha

E o Tejo entra no mar em Portugal.

Toda a gente sabe isso.
Mas poucos sabem qual é o rio da minha aldeia
E para onde vai
E donde ele vem.
E por isso, porque pertence a menos gente,

É mais livre e maior o rio da minha aldeia.

Pelo Tejo vai-se para o Mundo.

Para além do Tejo há a América

E a fortuna daqueles que a encontram.
Nunca ninguém pensou no que há para além

Do rio da minha aldeia.

O rio da minha aldeia não faz pensar em nada.

Quem está ao pé dele está só ao pé dele.


Alberto Caeiro

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Espanto

Porque é que os meninos da cidade podem brincar no Parque Urbano do Rio Diz e os meninos das aldeias não podem brincar nas margens do Noéme?