1. A mobilização que se tem conseguido para esta luta dá-me confiança que conseguiremos resolver o problema.
2. Atente-se na imagem chocante retirada do vídeo. Já foram publicadas outras semelhantes no Rochoso e perto da Guarda. O Monteperobolso é uma aldeia do concelho de Almeida localizada a cerca de 40 km da Guarda. Até longe vai o crime. Até quando?
"Passei a minha infância no Rio Noéme. Aí aprendi a nadar. Posso dizer que era o nosso Parque de Atracções. Para quem não conhece pode ver um video no youtube feito na zona do Monteperobolso." António Ilharco
Tomei a liberdade de publicar o comentário e o respectivo vídeo. Um grande agradecimento ao seu autor.
Li esta notícia e ouvi as declarações do presidente Joaquim Valente ao Altitude. Defendia o projecto por trazer desenvolvimento à região. Ao mesmo tempo foram anunciados pelo presidente da Junta de Aldeia Viçosa a construção de um resort de montanha e de um centro interpretativo do azeite.
Tenho defendido neste espaço a exploração das potencialidades ambientais e culturais do nosso concelho e por isso saúdo estes projectos. Este é o futuro! Da Guarda e das suas aldeias. No entanto algo me deixou desapontado nas declarações do presidente Joaquim Valente. Dizia ele "temos de explorar as potencialidades do Vale do Mondego e do Zêzere" (cito de cor). Esqueceu-se que no seu concelho existe um outro rio.
Sobre as potencialidades de um Noéme despoluído nem uma palavra? Sobre as aldeias do Noéme nem uma linha? Perdidas a caminho de Espanha, parecem esquecidas pelo poder.
Resolvam o problema do rio. De certeza que as ideias aparecerão depois.
Tenho em mãos o livro "País (in)sustentável". Página após página apresenta-nos um feio retrato do ambiente no nosso país. Onde fala em rios, vejo o Noéme; Onde fala em autarcas, penso nos de cá, sobretudo aqueles que deixaram que isso acontecesse; Onde fala em políticas ambientais questiono porque ainda está poluído. Há 20 anos vivia-se, (e cito), no regime medieval do "lá vai água". Fosse doméstica ou industrial. A CEE tinha vergonha de um país que assim procedia e mandou fundos comunitários. Hoje, 20 anos depois, e alguns milhões gastos na limpeza das águas já não deveria ser assim. Retenho outra muito adequada expressão usada no livro: "penico colectivo". O Noéme tem sido o bacio de alguns. Ainda assim, os velhos bacios de esmalte que se usavam antigamente eram despejados e limpos. O Noéme nem isso.
É impossível deixar de ficar chocado ao ver imagens destas. O crime continua.
Estas fotos foram disponibilizadas por Luis Carriço. Foram tiradas a 16 de Dezembro, junto à ribeira que passa sob a estrada que liga a rotunda do Intermarché à estrada VICEG (estrada que vai para o Sabugal). Esta ribeira entra no Noéme mais à frente.
Apelo a que todos os que têm conhecimento de situações destas as enviem para este blog. Temos de mostrar a todos a vergonha que se está a passar.