terça-feira, 30 de dezembro de 2014

2015

Na apresentação do livro "Guarda os produtos de cá", o meu amigo Mário Martins dizia a dada altura "não há causas perdidas enquanto se luta por elas". Isto porque com frequência apresento-me blogger de causas sem efeito. Em 2015 este blogue fará 6 anos e o rio Noéme continuará poluído. Está assim desde finais da década de 80 é preciso realçar. Os que lutam por este Rio não são culpados: há poluidores e entidades incompetentes, que fazem e deixam acontecer.

Em 2015 podem esperar que esta luta continue. No terreno e neste espaço. Mais, vou iniciar em 2015 a pesquisa para um livro em que este processo ficará devidamente registado sem estar sujeito à efemeridade das páginas de um blogue. Sei o que quero fazer, embora não tenha ainda uma metodologia bem definida, nem sequer a certeza de puder aceder às fontes que pretendo consultar. Há-de se resolver, aliás como sempre.

Conta-se que Mozart, numa carta dirigida a seu filho a propósito de música, dizia que "a cada 10 conhecedores haveria 100 ignorantes e que por isso devia tentar falar para todos". Respondeu-lhe o filho, que não se preocupasse, que a sua música chegava a todos inclusive aos que tinham "orelhas longas". Não fossem essas orelhas metafóricas e muito chapéu andaria no ar por estas terras. Mas mais ainda que ignorantes, há os que escondem a cara com o chapéu. Aqueles que não tomam partido ou o tomam de forma incoberta, procurando agradar a uns e outros. Escondidos num silêncio que de tão ruidoso se torna cúmplice não têm o respeito de ninguém, talvez às vezes umas migalhas do que julgam ser o poder. Aos "murmuradores, mordedores e maldizentes (...) os quais são prasmadores do bem feito e nenhuma coisa boa sabem fazer", nas palavras de Duarte Pacheco Pereira*, o desprezo.

Nesta questão do rio Noéme não há lugar a posições dúbias: ou se é favor de um rio despoluído ou se é contra. Os que optam por silêncios e omissões várias entram no lote dos que preferem manter o rio tal como está agora. Lá saberão de si. "Pensar incomoda mais que andar à chuva" dizia o poeta. Nesta luta é preciso pensar, escrever, agir, andar à chuva: pelo Noéme, pelas nossas terras... Só é derrotado quem desiste de lutar e porque a razão está do nosso lado, o rio Noéme vai voltar a ser o que era.

Um bom 2015 para os leitores e amigos.


*Duarte Pacheco Pereira foi um navegador e cosmógrafo português nascido em 1460, autor da obra "Esmeraldo de Situ Orbis". Luís de Camões dedicou-lhe os seguintes versos n' Os Lusíadas: 
"E vereis em Cochim assinalar-se
Tanto um peito soberbo e insolente,
Que cítara jamais cantou vitória,
Que assim mereça eterno nome e glória"

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Feliz Natal

Desejo a todos os leitores e amigos um Feliz Natal!



A imagem foi retirada do blogue "O Homem que Sabia Demasiado" e, conforme é explicado, foi pintada por Salvador Dalí no âmbito de uma colecção de postais de Natal.

Basta seguir o rasto do efluente

Ainda acerca da notícia da semana passada, para se descobrir o que polui, basta seguir o rasto da..., em palavras mais bonitas, do efluente.



A notícia é esta:

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

A Câmara da Guarda e a Águas do Zêzere e Côa não comentam as declarações?

Colocados os argumentos nestes termos, a Câmara Municipal da Guarda deve destruir a conduta que despeja os efluentes no rio, a Águas do Zêzere e Côa deve vir a público explicar se as ETAR funcionam ou não bem e a Cidade deve ter maior consciência ambiental e voltar a adoptar o penico de loiça ou de esmalte.

Notícia completa aqui:

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Respostas da Águas do Zêzere e Côa no dia 10 de Dezembro de 2014

A ETAR de S. Miguel ainda não se encontra a receber efluentes da EEAR da Quinta da Granja, pelo que, os efluentes industriais, libertados pela Têxtil Manuel Rodrigues Tavares, SA (TMRT), não estão a ser tratados na referida ETAR de S. Miguel, explorada pela Águas do Zêzere e Côa, SA (AdZC).

Conforme informado em 18/06/2014, em 28/02/2014, foi realizada uma reunião entre as três entidades (além da AdZC e da TMRT, a Câmara Municipal da Guarda (CMG)), na qual ficaram definidos os passos seguintes do processo e a quem os mesmos incumbem.

A TMRT informou que tinha novos dados de caudal e carga poluente, tendo-se comprometido a fornecê-los, o que aconteceu em 29/04/2014.

Com os novos dados, a AdZC comprometeu-se a consultar o projetista para reavaliação da capacidade de receção da ETAR de S. Miguel, tendo este apresentado proposta, para efetuar o novo estudo, em 16/05/2014.
Nos termos da reunião de fevereiro de 2014, em 21/05/2014, a AdZC enviou, à TMRT (cc/ CMG), a proposta do projetista, para pronúncia.

Estando dependente da pronúncia da TMRT, a realização do novo estudo, a AdZC continua a aguardar indicação da TMRT, para esse efeito.

Além do supramencionado, para que a EEAR da Granja, entre em funcionamento, também é necessário instalar equipamento de monitorização e controlo de poluição (na referida EEAR), cujo custo, no entendimento que tem sido expresso pela AdZC, deve ser suportado pela entidade poluidora.

Não estando reunidas as condições para a receção, pela ETAR de S. Miguel, de tais afluentes, a EEAR da Granja ainda não entrou em serviço, não havendo, para já, data prevista para esse evento.

Questões colocadas à Águas do Zêzere e Côa no dia 26 de Novembro de 2014

Exmo Senhor Administrador da Águas do Zêzere e Côa

Em relação ao encaminhamento dos efluentes industriais da Fábrica Têxtil Manuel Rodrigues Tavares para a ETAR de São Miguel através da Estação Elevatória Quinta da Granja e a poluição do rio Noéme, e face às recentes declarações do sr. presidente da Câmara Municipal da Guarda na Rádio Altitude de dia 21/11/2014, gostaria de colocar as seguintes questões:

1. Há alguma data prevista para o início desta operação para o encaminhamento dos efluentes da empresa Têxtil Manuel Rodrigues Tavares para a ETAR de São Miguel através da Estação-Elevatoria Quinta da Granja? O que falta fazer?

2. Qual o ponto de situação deste processo?

3. Já foi feito o estudo sobre o tipo de efluentes que serão tratados e em que quantidades? 

4. Nessas declarações o sr presidente da Câmara Municipal da Guarda refere que está em articulação com a Águas do Zêzere e Côa para encontrar uma solução. A empresa Têxtil Manuel Rodrigues Tavares já cumpriu as suas obrigações decorrentes do protocolo assinado entre as 3 partes?

5. Nas mesmas declarações,  o sr presidente da Câmara Municipal da Guarda refere que o protocolo tem "terras de ninguém" e que foi necessário voltar a negociar com a empresa Águas do Zêzere e Côa alguns pontos. De que se trata? O que falta fazer? Que equipamentos são esses e estamos a falar de que custos?

6. Desse protocolo, que responsabilidades estão atribuídas a cada uma das partes? O que falta cumprir por parte de cada uma das partes?

7. Os protocolos assinados entre a Águas do Zêzere e Côa, Câmara Municipal da Guarda e Fábrica Têxtil Manuel Rodrigues Tavares são públicos? Como posso obtê-los para divulgação pública?


As resposta a estas questões serão publicadas no blogue Crónicas do Noéme

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

"Memória doutro Rio", Eugénio de Andrade


São muito vastas as noites de insónia, quase sempre atravessadas por um rio. Quando não chove, confusamente dispo-me atrás dos amieiros e abandono-me à corrente. Sigo para o sul, que é para onde correm todos os rios, pelo menos os meus. 

Um dia, numa língua de areia, avistei dois corpos que se penetravam exasperados. Fiquei aterrado: primeiro pensei que ele a estava a matar, a seguir que ambos estivessem a morrer, só depois percebi o que se passava, e o meu próprio corpo se exasperou. Quando acabaram, a mulher chorava e o homem quase lhe mijava em cima. Afastaram-se cada um para seu lado, sem trocarem palavra. 
Contei o que vira a um pastor que encontrei mais abaixo. Pouco mais velho era do que eu, mas mostrou-me como o prazer não tem forçosamente que ver com a culpa. Quem não sabe que os corpos também podem ser conjunção de águas felizes?

Eugénio de Andrade

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Carta aberta ao presidente da Câmara Municipal da Guarda

Exmo senhor presidente da Câmara Municipal da Guarda

Venceu por estes dias o primeiro ano do contrato que estabeleceu com os Cidadãos da Guarda. Neste ano de mandato, referiu-se por uma vez à poluição do rio Noéme em Março de 2014 no âmbito de uma reunião de Câmara que realizou na freguesia de Panóias. Não tem o SMAS, serviço que tutela, respondido às questões que lhe são colocadas sobre a data de entrada em funcionamento da Estação-Elevatória Quinta da Granja. Por estes dias, em declarações à Rádio Altitude referiu que há "terras de ninguém" no protocolo e dinheiro a menos para resolver o problema. Refere bastas vezes nessas declarações que conversa com a Águas do Zêzere e Côa sobre o assunto mas nunca refere o causador das descargas poluentes.

Não lhe vamos perguntar o que fez este ano para resolver o problema. Sabemos a resposta: nada de prático! Sabemo-lo nós e os que conhecem o rio Noéme. No dia 1 de Novembro ocorreu uma descarga poluente; no passado dia 15, quando foi ao Rochoso, se o tivessem levado à ribeira ou tivesse querido ver, testemunharia o mesmo que nós: um manto de espuma a cobrir as águas do rio. Não se evitam as descargas poluentes para minimizar o problema:  proíbem-se, intervém-se, chama-se a polícia quando ocorrem.

Continua a menorizar os Cidadãos com expressões como "não vou entrar aqui em discussões técnicas". Entre, apresente os factos, torne público esse protocolo e deixe os Cidadãos avaliar o problema. Não se escude em quadros comunitários. Não espere que haja dinheiro para a despoluição do Rio. Impeça as descargas poluentes destruindo a canalização que despeja no Rio. Resolva o problema que foi para isso que foi eleito. Até quando deixará que isto continue a acontecer?


segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

O que é isto?

Opção A - O banho do presidente
Opção B - Poluição no rio Noéme
Opção C - Festa da espuma numa discoteca

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

É preciso ocorrer uma tragédia para se fazer alguma coisa?

Verificámos nas últimas semanas as consequências muito graves de um caso de poluição do ar. Será preciso que ocorra uma tragédia para que se resolva o problema do rio Noéme?

domingo, 23 de novembro de 2014

"terras de ninguém"? - in Rádio Altitude

"terras de ninguém"?
Há um rio poluido, poluidor e canos que despejam no rio e uma autarquia e organismos do Estado que nada fazem.

sábado, 22 de novembro de 2014

O estado do Noéme no dia 16 de Novembro

No domingo passado, testemunhámos isto na ribeira do Rochoso:




segunda-feira, 17 de novembro de 2014

"Guarda os produtos de cá"

Bem-hajam a todos pela presença na apresentação do livro "Guarda os produtos de cá" e pelo debate. Agradeço ainda a Mário Martins pelas palavras amigas e a todos os entrevistados que me dispensaram algum do seu tempo e paciência.

A partir de amanhã o livro encontrar-se-à à venda na Livraria Municipal da Guarda (no edifício da Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço), na loja Alquimia do Paladar (na Praça Velha, junto aos balcões) e por contacto directo através do email: marciofilipefonseca@gmail.com


terça-feira, 11 de novembro de 2014

Apresentação do livro "Guarda os produtos de cá"


O meu novo livro será apresentado no dia 15 de Novembro de 2014, pelas 15:30 na Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço na Guarda. A apresentação estará a cargo de Mário Martins, director da Cooperativa dos Camponeses do Vale do Alto Mondego.

A restante programação do mês de Novembro da BMEL pode ser consultada aqui.

domingo, 2 de novembro de 2014

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

1 ano de mandato

Em 1 ano de mandato a poluição do rio Noéme foi discutido 1 vez em reunião de Câmara, mencionei isto aqui.

Não se sabe o que foi feito de então para cá.

domingo, 19 de outubro de 2014

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

"Bruxelas quer multar Portugal em milhões por falta de tratamento de esgotos", in Público

E em relação aos casos em que o Estado, a Autarquia, a AHR Norte é conivente  com a poluição privada?

Pode ler-se a notícia completa aqui.

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Fiscalidade verde


Os cidadãos da Guarda pagam mais este imposto.

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Rota do Vale do Côa

Pode ver-se a notícia sobre a rota do Vale do Côa na LocalvisãoTV.

Defendo há anos a afirmação do rio Noémi como elemento identitário de um conjunto de aldeias dos concelhos da Guarda, Sabugal e Almeida (vai precisamente desaguar no rio Côa).

Uma rota (ou o que se lhe queira chamar) à volta do rio Noémi, permitiria a preservação dos elementos ligados ao rio (componente ambiental, patrimonial e da memória) e a valorização das aldeias ribeirinhas. Só aproveitando os recursos que existem é que poderemos contrariar a morte do mundo rural.

Claro que no caso do rio Noémi há um entrave grave a qualquer iniciativa. Sem solução à vista.

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

"Acesso a água potável é essencial para sair da pobreza", in Greensavers

"O acesso a água potável é um importante aliado dos cidadãos que vivem na extrema pobreza –sobretudo as mulheres e crianças – e permite-lhes subir um degrau na escada da classe social. Esta ascensão pode ser feita de forma directa – um fácil acesso a água potável pode significar mais uma criança a frequentar a escola – e não a ir buscar baldes de água a vários quilómetros de distância; e indirecta: ir à escola é a única oportunidade que uma criança tem de mudar a sua própria situação social, através da educação." in Greensavers

A notícia completa pode ser lida aqui.

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Este é o caminho a seguir

"O autarca da freguesia de São Pedro da Cova, Gondomar, exigiu hoje medidas compensatórias" e a responsabilização dos políticos e técnicos que apadrinharam a colocação nas minas das 88 toneladas de resíduos perigosos que começam quinta-feira a ser retirados.", in rtp.pt

Ouvi no noticiário da TSF (mas não encontro online) que a junta de freguesia pretende sentar no banco dos réus o antigo primeiro-ministro José Sócrates e o antigo presidente de câmara municipal de Gondomar Valentim Loureiro por terem dado autorização.

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Curiosidades histórico-etimológicas

                                 
Nas respostas às "Memórias Paroquiais" em 1758, os párocos das freguesias chamaram referem-se de modo diferente ao nosso rio: o pároco de Porcas (Vale de Estrela) escreve que "Nasce a ribeira chamada de Noeime"; o de Vila Fernando diz, "(...) uma ribeira que tem aqui até entrar no Rio Coa por nome Noeime (...)", complementado pelo de Vila Garcia. O pároco do Richozo chama-lhe "ribeira de Noémi" (mais belo e poético, remetendo para a personagem bíblica) e o da Miuzela simplesmente "Noeme".

No "Mappa de Portugal antigo e moderno", de 1763, João Batista de Castro diz o seguinte: "Rio Noeime: Nasce junto da Guarda com dous braços: hum deles na fonte Dorna, que corre para Poente, vira para Norte, e depois continua ao Nascente; o outro principia no lugar de Porcas, pela parte Sul e se mete no Rio Côa por baixo da Miuzela."

Noutras cartas de que perdi a fonte bibliográfica, vi também a referência a "Noeyme". Como digo no título, não passam de curiosidades etimológicas e não pretendo aqui ir mais longe do que isto. Acredito que o povo, ontem como hoje, sempre terá dito, "a Ribeira!"

Nota: A imagem apresentada foi retirada da obra "Mappa chorographico e historico do Reino de Portugal em 1851", Lisboa, 1940 

sábado, 27 de setembro de 2014

"Bandeira verde para Fundão e Manteigas", in O Interior

Bandeira negra para a Guarda.
Pode ler-se a notícia aqui.

terça-feira, 16 de setembro de 2014

"A água dos rios é o sangue da terra", de José Fernandes

Texto publicado no blogue Capeia Arraiana que pode ser lido aqui.

terça-feira, 9 de setembro de 2014

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

"O fim da era do desperdício", in Planeta Sustentável

"Em duas décadas, diz o economista Gesner Oliveira, em boa parte do planeta faltará água. Para evitar que isso ocorra, há apenas dois caminhos: diminuir o desperdício e aumentar a reutilização"

A entrevista completa pode ler-se aqui.

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

"Água corrente não mata a gente" ou que falta faz uma adequada gestão da água (2)


Regresso ao tema que iniciei aqui. A salubridade de um rio ou de uma ribeira não depende apenas da sua exposição a descargas poluentes. É necessário também cuidar das nascentes e ribeiros que alimentam o seu caudal. Conhecidas as fontes torna-se mais fácil, havendo vontade e competência, cuidar dos rios. Na linguagem dos decisores, fazer o "ordenamento e planeamento do território". 

No rio Noéme (ao longo de toda a sua extensão, cerca de 38 km) desaguam os seguintes cursos de água:

- Rio Diz;
- Ribeira do Cairrão ou da Quinta do Ribeiro;
- Ribeira do Vale das Chafurdas;
- Ribeira das Panóias;
- Ribeira da Ramalha;
- Ribeira do Ordondo;
- Ribeira da Ferreirinha;

Centremo-nos no rio Diz (tem uma extensão de 8,5 km), onde ocorrem as descargas poluentes, a curta distância da confluência com o rio Noéme, perto da Gata. Na pré-história do saneamento da Guarda foi o esgoto da cidade e assim permaneceu praticamente até às intervenções do Programa Polis na Guarda. Nasce na zona do Instituto Politécnico e nele desaguam a Ribeira dos Coviais, a Ribeira das Enguias e a Ribeira da Vacaria. Não foram só os esgotos que destruíram este rio, o próprio crescimento da cidade teve aqui papel importante. Apresentei um exemplo aqui.

Voltarei a este tema.


Nota: os dados sobre os rios foram retirados do SNIRH.



domingo, 10 de agosto de 2014

Entidades fiscalizadoras

Exemplos publicados aqui e aqui sobre o modo de funcionamento das entidades fiscalizadoras em Portugal.

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

terça-feira, 22 de julho de 2014

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Responde / Não Responde

Responde:

Águas do Zêzere e Côa - responde e esclarece os factos

Não Responde:

Câmara Municipal da Guarda - nada diz
SMAS Guarda - nada diz
SEPNA - alega que a informação é confidencial
Têxtil Manuel Rodrigues Tavares - enviei email a aferir possibilidade de resposta a algumas questões. Sem resposta.

terça-feira, 15 de julho de 2014

Descarga poluente no rio Noéme

Ver a descarga no rio Noéme aqui.

Local: Gata
Data: 14/07/2014 (entre as 18:30 e as 19:00)

À consideração das entidades.

Paradoxos?

Como se pode falar em Economia Verde ou levar a sério impostos que pretendem taxar "hábitos poluentes" se em Portugal, na Guarda mais concretamente, ainda estamos na pré-história das práticas poluentes?

Na Guarda ainda se usa o mais antigo método de "tratamento" de resíduos: "o água vai!!". Com o conhecimento de todas as entidades públicas despejam-se os resíduos industriais no rio.

Faltando capacidade e vontade de resolver os problemas simples, Portugal tem de abandonar novos conceitos e estratégias e deixá-los para os países realmente desenvolvidos.



terça-feira, 8 de julho de 2014

Auditorias

No início do mandato autárquico foi mandada fazer uma auditoria às contas da Câmara Municipal da Guarda.

Mais recentemente li/ouvi na Rádio Altitude que pode ser necessária uma nova auditoria desta vez para esclarecer o que se passou no programa Polis na Guarda.

Talvez, acrescento eu, seja necessária uma terceira para se descobrir porque continua a ser poluído o rio Noéme. Talvez da análise das três se perceba finalmente o que se está a passar.

terça-feira, 1 de julho de 2014

comunicação / informação / propaganda - o exemplo da Câmara Municipal da Guarda



O "não me façam falar" do presidente Álvaro Amaro tornou-se a imagem de marca da comunicação do novo executivo camarário. Não gosta de falar e logo após a actualização da página institucional da Câmara Municipal da Guarda (a seguir às eleições), mandou retirar os endereços de email da vereação e da presidência. Avisou ao que vinha, porque isso de comunicação directa com os eleitores é uma americanice.

Ainda assim, mesmo que não goste, um presidente de Câmara tem o dever de informar os Cidadãos. E o primeiro email enviado ao cuidado do presidente (Outubro de 2013) não teve resposta. Igual destino para os emails enviados para os Serviços Municipalizados de Águas e Saneamento (Novembro de 2013, Fevereiro 2014). Isso de prestar esclarecimentos públicos é um luxo.

Muito activa está a página do Facebook da autarquia. "Não há festa nem festança onde não vá (e se mostre) a dona Constança": bonecas, inaugurações, festas... tudo é motivo de posta. O tão silencioso SMAS até avisa e pede desculpa aos Cidadãos pela interrupção no abastecimento de águas. Um autêntico cristal da comunicação!

Se este é o canal use-se! Aguardo resposta pronta e esclarecedora.

quinta-feira, 26 de junho de 2014

quarta-feira, 25 de junho de 2014

O Não-Esclarecimento do SEPNA

A 01 de Junho pedi ao SEPNA informação estatística sobre autos de notícia e multas cobradas relacionadas com o caso concreto da poluição do rio Noéme e foi-me respondido, a 04 de Junho, que "esta Secção SEPNA, não está autorizada a divulgar os elementos solicitados."

Perante nova insistência minha e expondo que não compreendo porque não são públicos estes dados obtive nova resposta: 

"Os dados estatísticos relativamente as questões apresentadas só são divulgados após autorização expressa da tutela, neste caso o Comando Superior da GNR. Como de certo deve compreender a GNR, como instituição militar, encontra-se vinculada e obrigada a determinados procedimentos e a divulgação de dados estatísticos carece sempre de autorização superior."

Mantenho a opinião que expressei no email: os dados objectivos que documentam a acção do  SEPNA em relação ao problema em causa deveriam ser públicos e a sua não-divulgação não incentiva a Cidadania activa, não informa a população nem sequer mostra como são dispendidos os recursos dos contribuintes.

sábado, 21 de junho de 2014

Esclarecimentos da Águas do Zêzere e Côa (Junho 2014)

Publico as respostas da Águas do Zêzere e Côa a um conjunto de questões que coloquei por email. É justo realçar e elogiar a disponibilidade total desta entidade para fornecer esclarecimentos públicos sobre o assunto, ao contrário das outras entidades envolvidas no problema.

1. A ETAR de São Miguel já está a receber e tratar os efluentes da empresa, através da Estação Elevatória Quinta da Granja? Se não, porquê?

A ETAR de S. Miguel ainda não se encontra a receber efluentes da EEAR da Quinta da Granja, pelo que, os efluentes industriais, libertados pela Têxtil Manuel Rodrigues Tavares, SA (TMRT), não estão a ser tratados na referida ETAR de S. Miguel, explorada pela Águas do Zêzere e Côa, SA (AdZC).
No seguimento do acordado em novembro de 2010, pela Câmara Municipal da Guarda (CMG), pela TMRT e pela AdZC, esta empresa mandou elaborar, a um projetista da especialidade, um estudo para apurar que capacidade teria a ETAR de S. Miguel para receber efluentes descarregados pela TMRT.
Elaborado o estudo, do qual foi dado conhecimento, a todas as entidades envolvidas, em agosto de 2011, o projetista concluiu que a ETAR de S. Miguel não tem capacidade para receber os efluentes industriais descarregados pela TMRT, nas condições que eram pretendidas e que, para que a ETAR de S. Miguel pudesse vir a receber tais efluentes, os mesmos teriam de ser pré tratados em instalação própria da TMRT, de modo a conferir-lhes características de águas residuais domésticas, tendo também concluído que a instalação própria existente na TMRT não tinha capacidade para efetuar o referido pré tratamento.
Nunca tendo estado reunidas as condições (as quais não são responsabilidade da AdZC) para a receção, pela ETAR de S. Miguel, de tais afluentes, a EEAR da Granja ainda não entrou em serviço.

2. Há alguma data prevista para o início desta operação?

Não sendo a AdZC responsável pelos procedimentos que é necessário realizar para pré-tratar os efluentes descarregados pela TMRT, tornando-os compatíveis com a capacidade de receção da ETAR de S. Miguel, não pode esta empresa indicar qualquer data para esse efeito.

3. Qual o ponto de situação deste processo?

Em 28/02/2014, foi realizada nova reunião entre as três entidades, na qual ficaram definidos os passos seguintes do processo e a quem os mesmos incumbem.
A TMRT informou que tinha novos dados de caudal e carga poluente, tendo-se comprometido a fornecê-los, o que aconteceu em 29/04/2014.
Com os novos dados, a AdZC comprometeu-se a consultar o projetista para reavaliação da capacidade de receção da ETAR de S. Miguel, tendo este apresentado proposta, para efetuar o novo estudo, em 16/05/2014.
Nos termos da reunião de fevereiro de 2014, em 21/05/2014, a AdZC enviou, à TMRT (cc/ CMG), a proposta do projetista, para pronúncia.
Estando dependente da pronúncia da TMRT, a realização do novo estudo, a AdZC aguarda indicação da TMRT, para esse efeito.

4. Que tipo de efluentes serão tratados e em que quantidades? O que pode a ETAR de São Miguel suportar?

Estes dados serão identificados/ determinados, no novo estudo a realizar, referido no n.º anterior.

5. Os protocolos assinados entre a Águas do Zêzere e Côa, Câmara Municipal da Guarda e Fábrica Têxtil Manuel Rodrigues Tavares são públicos? Como posso obtê-los para divulgação pública?

O compromisso assinado, datado de 04/11/2010, consta de um ofício conjunto, AdZC, CMG e TMRT, enviado à ARH do Norte (APA).

domingo, 15 de junho de 2014

"Sistema de tratamento ecológico recupera rios poluídos e cria jardins flutuantes", in Planeta Sustentável

Na Guarda (em Portugal) onde o Município não faz nada para que o poluidor deixe de descarregar os seus efluentes industriais no rio Noéme, como se pode pedir que pense mais além?!

A notícia completa em Planeta Sustentável.

terça-feira, 10 de junho de 2014

o meu 10 de junho


No fim-de-semana passado fui à Guarda. Não fui participar nas comemorações do 10 de Junho, nem tão pouco pelos preparativos da festa, fui porque sim. No sábado andavam os trabalhadores numa azáfama de última hora, mas ainda assim já se podiam ver arranjadas as ruas, limpas as fachadas, enfeitados os canteiros. Ao ver aquilo tive, nostálgico, a mesma sensação que experimentei quando em criança, fui a Coimbra ver pela primeira vez o Portugal dos Pequenitos. Vi na Guarda de sábado passado uma cidade "alindada" mas a fingir. 

Do programa das festas propriamente dito, fui vendo e ouvindo ao longe. Sobre o hastear da bandeira na Praça Velha e a cerimónia no Jardim José de Lemos ouvi que as ruas e o jardim foram fechados ao público e cito (de cabeça) o repórter da Rádio Altitude "o povo não participa na festa, o povo veio ver a festa". Vi hoje que foi destruído o muro do Teatro Municipal da Guarda para se abrir uma porta para o Quartel da GNR (será inaugurada a tão ansiada Praça do Teatro?!) para os convidados entrarem discretamente. Mais valia terem trazido a chaimite que levou Marcello Caetano. Mas o que me incomodou mesmo foi ver, ontem, crianças de balões na mão a abrir alas ao presidente. Pareceu, e não gosto de usar a palavra nem tenho idade para isso, tão fascista.

De resto, o que fica para a Guarda? Um mês de boa publicidade para a Guarda, ruas alindadas (por quanto tempo?), uma parada militar para povo ver e uma medalhita para o presidente-mestre-de-cerimónias. O presidente Santos Amaro escreveu uma carta aos Guardenses onde insiste em capitalizar a palavra "Cidade". Mas que tem feito ele para trazer os Cidadãos para a Cidade? A notoriedade de uma marca não se constrói com cerimónias avulsas por muita visibilidade que tenham. Quem vier à Guarda daqui por um mês (oxalá me engane!) sentir-se-à defraudado.


Nota de rodapé: A Rotunda da Ti' Jaquina está bonita mas... inaugurar rotundas é tão anos 90. Guarda, cidade de futuro?!



segunda-feira, 9 de junho de 2014

discurso de um presidente na província


No âmbito das comemorações do 10 de Junho na Guarda, o presidente da república visitou o rio Noéme. Ao ver o estado do rio e a conduta criminosa que o destrói fez um dos seus esgares tão característicos. Arrumou o guardanapo de papel com a meia dúzia de palavras que ia dizer e indignou-se veementemente. Chamou o presidente da câmara (o ex-secretário de estado que destruiu a agricultura portuguesa) e desancou-o por permitir esta conduta. Chamou o ministro do ambiente e mandou marcar reunião urgente com os responsáveis dos organismos públicos que permitem estes procedimentos. Solicitou a um assessor da casa civil que desse conhecimento do crime ao ministério público. Criticou ainda veementemente os empresários que usam de tais processos para aumentar os lucros.

sexta-feira, 6 de junho de 2014

terça-feira, 3 de junho de 2014

Descarga poluente no rio Noéme






As fotos foram tiradas pelo Bruno Almeida da Quercus e testemunham mais uma descarga poluente no rio. 

domingo, 1 de junho de 2014

sábado, 24 de maio de 2014

"Braga: Rio Este vítima de mais uma descarga ilegal", in Greensavers

Em Braga, como na Guarda. Contudo lá, a Câmara Municipal promete "ser “implacável” com o problema".

Lido aqui.

domingo, 18 de maio de 2014

Homo Sapiens Industrialis, Homo Sapiens Politicus

“O homem industrial do mundo de hoje é como um touro à solta numa loja de porcelana, com a simples diferença que um touro, com metade da informação acerca das propriedades da loiça que nós temos acerca dos sistemas ecológicos tentaria provavelmente adaptar o seu comportamento ao seu ambiente, em vez de fazer o inverso. Pelo contrário, o Homo Sapiens Industrialis está disposto a adaptar a si a loja de porcelanas e, portanto, fixou-se no objectivo de a reduzir a cacos no mais curto período de tempo possível”, in The Ecologist.

Na Guarda, e no respeitante à poluição do rio Noéme, o Homo Sapiens Industrialis aproveitou a inércia e a complacência do Homo Sapiens Politicus e já há muito reduziu a cacos a loja de porcelanas. Mais, até a loja de porcelanas já lhe pertence. O Homo Sapiens Politicus da Guarda entregou-lhe as porcelanas de família que não são dele e de caminho entregou-lhe também o palacete onde estavam guardadas.

Existe ainda o Homo Sapiens Burocraticus parente muito próximo do Homo Sapiens Politicus, que mesmo sabendo o que se passa não faz nada. Abdica de aplicar as leis e encobre um e outro. Ou legisla tanto, que torna impossível a concretização dessas leis. Todos são responsáveis pela morte do rio Noéme. Se falássemos de um animal, todos teriam o seu sangue nas mãos.

quinta-feira, 15 de maio de 2014

segunda-feira, 12 de maio de 2014

5 Anos!! (...de blogue; de poluição são mais de 30)

Numa floresta em chamas, os animais apressavam-se em sair dali o mais rapidamente possível. Um pequeno pintassilgo andava para a frente e para trás e, com uma pequena casca de noz, ia despejando água no fogo. Um lobo em fuga parou e perguntou-lhe: "Que fazes? Anda embora, isso não serve de nada". "Faço o que posso." respondeu o pintassilgo.

Cinco anos depois da criação deste blogue, sabemos bem a quem beneficia e a quem prejudica a poluição do rio Noéme. Mudou o executivo camarário mas o comportamento é o mesmo do anterior: não se obriga o poluidor a fazer o tratamentos dos seus efluentes. A estação-elevatória (anteriormente em falta) foi feita com dinheiros públicos continuando os contribuintes a financiar a actividade privada. São agora duplamente prejudicados: primeiro com a destruição do bem comum (o Rio!) e agora também com o financiamento das infraestruturas. O presidente-do-não-me-façam-falar cala-se neste processo, não esclarece, não põe termo. 

Como eu disse num depoimento num fórum da Rádio Altitude, este executivo camarário baseia a sua actuação numa estratégia  de comunicação habilidosa, lançando chavões para a opinião pública, sem contudo dizer como é possível falar em turismo na Guarda existindo um rio completamente morto ou que tipo de empresas quer atrair para o concelho, por exemplo. As poluidoras? Terão todas um rio como esgoto? A única solução que defende o interesse colectivo passa pela destruição da conduta que despeja no rio, se rapidamente os efluentes poluentes não forem encaminhados para a ETAR de São Miguel.

Até se poderia invocar que este é um problema local e que mais ninguém sabe dele para além dos que aqui vivem. Mas até isso é falso: conhecem-no as autoridades policiais, os organismos públicos locais e nacionais, o Governo, os deputados na Assembleia da República. Nenhuma destas honradas instituições que deveriam servir o interesse público interveio de forma firme para resolver o problema. A sua conduta neste processo tem sido muito semelhante ao que sai da conduta poluidora. Bem pode o povo queixar-se das troikas deste mundo, o poluidor mostrar papéis ou o Governo falar em saídas limpas, encardidas ou sujas pois naquilo que constitui a coluna vertebral de um País falhámos: a Justiça e o funcionamento das nossas instituições são próprias de um país do Terceiro Mundo.

"O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons." disse Martin Luther King. Têm de continuar os homens bons desta terra a exigir um rio Noéme limpo. É nossa obrigação entregar este património em bom estado às próximas gerações. Este blogue continuará a fazer o que puder.

terça-feira, 6 de maio de 2014

Pedido de contrato e coerência

Na última Assembleia Municipal da Guarda o presidente da Câmara Municipal disse que apresentará todos os documentos que a Assembleia lhe pedir.

Em mail que enviei aos Serviços Municipalizados, datado de 24 de Fevereiro de 2014 pedi que me enviassem os protocolos estabelecidos entre os Serviços Municipalizados de Água e Saneamento da Guarda, a Águas do Zêzere e Côa e a Têxtil Manuel Rodrigues Tavares, relativos ao encaminhamento dos efluentes da referida empresa têxtil para a ETAR de São Miguel através da Estação-Elevatória da Quinta da Granja.

Não tive resposta, aliás como a nenhum contacto que estabeleci com esses Serviços ou com a Câmara Municipal. Não há esclarecimentos a prestar aos Cidadãos. Dada a disponibilidade do presidente em esclarecer, espero que a mesma seja extensível aos Cidadãos em geral mesmo não pertencendo à Assembleia Municipal. Em relação a este assunto, ao contrário do que ele diz sempre, pretende-se que "fale" e esclareça tudo.

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Feira Ibérica de Turismo da Guarda (4)

Repetir até à exaustão que a FIT é uma "BTL em ponto pequeno" (escolha o leitor a melhor opção):

A) Não é verdade porque a BTL (ou a Feira de Madrid, como também ouvi comparar) não são nada disto.

B) Não faz crescer a FIT.

C) É o mesmo que dizer que temos um presidente-em-ponto-pequeno.

D) De Ibérica tem pouco pois não passa de Ciudad Rodrigo.

Este é um daqueles chavões feitos para encher comunicação social. Até pode ter efeito contrário ao pretendido estragando uma iniciativa que é positiva. A FIT ou outra feira deste género, tem espaço para melhorar e crescer (é o primeiro ano) e se conjugada com uma ajuizada estratégia de melhoramento e divulgação do território da Guarda (Guarda-região!) no resto do ano, pode dar frutos. Teve o mérito de trazer pessoas à rua, mas se fosse um visitante de fora, e no que ao concelho da Guarda diz respeito, não encontrei lá um motivo ou um folheto que me fizesse voltar por mais dias. A Agência para a Promoção da Guarda distribuiu informação e mapas sobre o Centro Histórico da Guarda, mas infelizmente esse património vê-se num dia!

Continua a fazer falta uma grande Feira da Produção Local onde produtores possam com regularidade e num espaço com boas condições apresentar os seus produtos e vendê-los ao público. Os novos modelos de negócio ligados à produção agrícola passam por vender localmente e na época os produtos que comemos. O tempo de passear os alimentos na estrada já passou. Quer a Guarda continuar a viver no antigamente?


Nota: Por falar em eventos que no passado também movimentaram milhares de pessoas na Guarda: este ano vai haver a recriação da Feira de São João e os Passos à Volta da Memória?




sexta-feira, 2 de maio de 2014

Feira Ibérica de Turismo da Guarda (3)

Onde estão os circuitos de Natureza do concelho da Guarda?

terça-feira, 29 de abril de 2014

Feira Ibérica de Turismo da Guarda (2)

O stand do rio Noéme na Feira Ibérica de Turismo terá para prova gastronómica peixinhos fritos da ribeira (pescados na hora), acompanhados de pimentos curtidos. E talvez salada de merujes apanhadas nalguma charca próxima.

terça-feira, 22 de abril de 2014

Acta da reunião de Câmara Municipal da Guarda de 23 de Março de 2014

Na reunião de Câmara Municipal da Guarda de 23 de Março de 2014 foi abordado o problema de poluição do rio Noéme. O presidente disse o seguinte:

"Relativamente ao Rio Noéme disse que gostaria de ter capacidade para abraçar o projeto de requalificação depois de fazer a ligação da estação de tratamento, que farão em breve, por terem conseguido fazer essa candidatura. Explicou ser um grande trabalho da despoluição que terão que estudar e ver o que o novo ciclo de fundos comunitários pode trazer."

(...)

"Assunto: Abertura de conta bancária --------------------- 
Considerando que, para efeitos de execução financeira da candidatura “Estação elevatória das águas residuais da Quinta da Granja”, aprovada no âmbito do programa POVT- Programa Operacional Temático de Valorização do Território, é necessário que o Município possua uma conta bancária especifica e que não tenha recebido ou receba verbas de outros fundos comunitários; ------------------------------"


A acta está disponível aqui.

terça-feira, 15 de abril de 2014

quarta-feira, 9 de abril de 2014

A propósito de marcas

Até mais ver, esta é a marca da Guarda:


quinta-feira, 3 de abril de 2014

"O Rio da minha aldeia", de Tiago Gonçalves


Publicado na edição de 3 de Abril de 2014 do Terras da Beira

terça-feira, 1 de abril de 2014

Porque convém não esquecer como se chegou a este ponto (3)

"Poluição do rio Noéme preocupa ambientalistas", reportagem transmitida na RTP e disponível aqui.

quinta-feira, 27 de março de 2014

"Rio Noeme: financiamento da estação elevatória "estava perdido"", Rádio Altitude

http://www.altitude.fm/index.php/actualidade/181-rio-noeme-financiamento-da-estacao-elevatoria-estava-perdido-garante-amaro

Da reunião de Câmara Municipal desta semana afinal saíram mais factos sobre sobre a poluição do rio Noéme.

1. Que o dinheiro andava perdido e quem vai pagar é a Câmara Municipal da Guarda.

2. Que se vai resolver a questão das descargas poluentes com a entrada em funcionamento da Estação-Elevatória.

3. Que vai haver um estudo para avaliar a despoluição do rio Noéme.

4. Que não se consegue prometer a despoluição do rio nestes quatro anos.

5. Que nada é dito se o poluidor já faz o tratamento dos efluentes para os colocar na Estação-Elevatória e serem aceites na ETAR de São Miguel


Este blogue ainda vai passar o quinto aniversário.

quarta-feira, 26 de março de 2014

Guarda - Cidade Anfitriã...


Seguiu hoje para a Presidência da República um dossier com informação sobre a poluição do rio Noéme.

terça-feira, 25 de março de 2014

"Rio Noéme", Rádio Altitude

Reportagem transmitida no programa "Casa da Rádio" no sábado 22 de Março e disponível aqui.

segunda-feira, 24 de março de 2014

"Rio Noéme: aquilo é só m****!", Rádio Altitude

Notícia transmitida no dia 23 de Março na Rádio Altitude e disponível aqui.

domingo, 23 de março de 2014

"Água corrente não mata a gente" ou que falta faz uma adequada gestão da água (1)


Hoje a água corrente pode matar a gente, mas nem sempre foi assim. Tempos houve em que era possível em dia de calor, curvar perante qualquer ribeiro e encostar os lábios à água para matar a sede. Ribeiros, fontes, nascentes tinham água com fartura para homens e animais. E não havia qualquer problema.

A degradação da qualidade da água nos dias de hoje não se deve apenas ao despejo dos efluentes nas linhas de água pois mesmo em rios não poluídos já não é aconselhável beber directamente na fonte. Isso explica-se porque as pessoas deixaram de cuidar da água. Pensemos naquilo que os nossos velhos faziam à água nos tempos da agricultura sem adubos e pesticidas: regos de água completamente desentupidos; terras lavradas e limpas que permitiam a infiltração nos lençóis friáticos; rios, ribeiras, ribeiros a caminhar sem obstruções em direcção aos rios maiores; águas constantemente renovadas pelas regas sucessivas no Verão. Faz-se hoje alguma coisa?

Não havia uma preocupação ambientalista consciente. Havia sim, um equilíbrio entre o que a Natureza dava e o que o Homem precisava no seu dia-a-dia. Por isso pensar que se resolvem problemas ambientais por decreto ou injectando capital no problema é um erro. Voltaremos a ter um ambiente equilibrado quando o Homem voltar a respeitar a Natureza e voltar a ver o que a terra dá como uma dádiva, porque só se cuida daquilo que se gosta.

Claro que no caso da poluição do rio Noéme o problema é muito mais complexo. Constata-se que faliram as leis e os que deveriam ser os seus aplicantes. O que resulta do capital investido no problema (tarde e a más horas) continua sem estar em funcionamento. Em relação às questões da gestão da água voltarei novamente ao tema.




sexta-feira, 21 de março de 2014