quarta-feira, 20 de agosto de 2014

"Água corrente não mata a gente" ou que falta faz uma adequada gestão da água (2)


Regresso ao tema que iniciei aqui. A salubridade de um rio ou de uma ribeira não depende apenas da sua exposição a descargas poluentes. É necessário também cuidar das nascentes e ribeiros que alimentam o seu caudal. Conhecidas as fontes torna-se mais fácil, havendo vontade e competência, cuidar dos rios. Na linguagem dos decisores, fazer o "ordenamento e planeamento do território". 

No rio Noéme (ao longo de toda a sua extensão, cerca de 38 km) desaguam os seguintes cursos de água:

- Rio Diz;
- Ribeira do Cairrão ou da Quinta do Ribeiro;
- Ribeira do Vale das Chafurdas;
- Ribeira das Panóias;
- Ribeira da Ramalha;
- Ribeira do Ordondo;
- Ribeira da Ferreirinha;

Centremo-nos no rio Diz (tem uma extensão de 8,5 km), onde ocorrem as descargas poluentes, a curta distância da confluência com o rio Noéme, perto da Gata. Na pré-história do saneamento da Guarda foi o esgoto da cidade e assim permaneceu praticamente até às intervenções do Programa Polis na Guarda. Nasce na zona do Instituto Politécnico e nele desaguam a Ribeira dos Coviais, a Ribeira das Enguias e a Ribeira da Vacaria. Não foram só os esgotos que destruíram este rio, o próprio crescimento da cidade teve aqui papel importante. Apresentei um exemplo aqui.

Voltarei a este tema.


Nota: os dados sobre os rios foram retirados do SNIRH.



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