Nas respostas às "Memórias Paroquiais" em 1758, os párocos das freguesias chamaram referem-se de modo diferente ao nosso rio: o pároco de Porcas (Vale de Estrela) escreve que "Nasce a ribeira chamada de Noeime"; o de Vila Fernando diz, "(...) uma ribeira que tem aqui até entrar no Rio Coa por nome Noeime (...)", complementado pelo de Vila Garcia. O pároco do Richozo chama-lhe "ribeira de Noémi" (mais belo e poético, remetendo para a personagem bíblica) e o da Miuzela simplesmente "Noeme".
No "Mappa
de Portugal antigo e moderno", de 1763, João Batista de Castro diz o seguinte: "Rio
Noeime: Nasce junto da Guarda com dous braços: hum deles
na fonte Dorna, que corre para Poente, vira para Norte, e depois continua ao
Nascente; o outro principia no lugar de Porcas, pela parte Sul e se mete no Rio
Côa por baixo da Miuzela."
Noutras cartas de que perdi a fonte bibliográfica, vi também a referência a "Noeyme". Como digo no título, não passam de curiosidades etimológicas e não pretendo aqui ir mais longe do que isto. Acredito que o povo, ontem como hoje, sempre terá dito, "a Ribeira!"
Nota: A imagem apresentada foi retirada da obra "Mappa chorographico e historico do Reino de Portugal em 1851", Lisboa, 1940
Nota: A imagem apresentada foi retirada da obra "Mappa chorographico e historico do Reino de Portugal em 1851", Lisboa, 1940
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