domingo, 18 de maio de 2014

Homo Sapiens Industrialis, Homo Sapiens Politicus

“O homem industrial do mundo de hoje é como um touro à solta numa loja de porcelana, com a simples diferença que um touro, com metade da informação acerca das propriedades da loiça que nós temos acerca dos sistemas ecológicos tentaria provavelmente adaptar o seu comportamento ao seu ambiente, em vez de fazer o inverso. Pelo contrário, o Homo Sapiens Industrialis está disposto a adaptar a si a loja de porcelanas e, portanto, fixou-se no objectivo de a reduzir a cacos no mais curto período de tempo possível”, in The Ecologist.

Na Guarda, e no respeitante à poluição do rio Noéme, o Homo Sapiens Industrialis aproveitou a inércia e a complacência do Homo Sapiens Politicus e já há muito reduziu a cacos a loja de porcelanas. Mais, até a loja de porcelanas já lhe pertence. O Homo Sapiens Politicus da Guarda entregou-lhe as porcelanas de família que não são dele e de caminho entregou-lhe também o palacete onde estavam guardadas.

Existe ainda o Homo Sapiens Burocraticus parente muito próximo do Homo Sapiens Politicus, que mesmo sabendo o que se passa não faz nada. Abdica de aplicar as leis e encobre um e outro. Ou legisla tanto, que torna impossível a concretização dessas leis. Todos são responsáveis pela morte do rio Noéme. Se falássemos de um animal, todos teriam o seu sangue nas mãos.

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