domingo, 19 de junho de 2011

Pelo Ambiente, marchar marchar

Realizou-se ontem, dia 18, a Marcha pelo Ambiente organizada pela Câmara Municipal da Guarda. Em defesa de um melhor ambiente na Guarda e para consciencializar a população em geral para a problemática, sobretudo os mais novos. Uma iniciativa para aplaudir.

Depois da Marcha, a reflexão. Vamos falar de Ambiente na Guarda:
- Já há solução para o crime ambiental que dia após dia acontece no rio Noéme? Afinal o que falta para ser resolvido?

- O Ar da Guarda vai ou não ser potenciado e tornar-se finalmente uma referência nacional e internacional?

- Qual a estratégia para a floresta do concelho ou vamos continuar a assistir à desertificação contínua das áreas mais rurais?

- Que medidas estão a ser tomadas para proteger e potenciar os recursos endógenos e as espécies naturais que só aqui existem?

- O que está a ser feito para valorizar uma agricultura moderna, amiga do Ambiente e estrategicamente relevante do ponto de vista económico?

- A Serra da Estrela vai ser finalmente associada à marca Guarda e valorizada como deve ser?

Debater o Ambiente da Guarda passa por ter uma ideia para o assunto, uma visão clara e conceber uma estratégia para concretizar essa intenção. Depois é necessário atribuir-lhe um valor (ou seja dar-lhe prioridade face a outros temas da governação, avaliar o que se ganha e o que perde com a estratégia) e planificar as acções necessárias para a concretização. Cada acção tem de ter recursos alocados (dinheiro e pessoas) e tempos de execução bem definidos. Devem ser acções consequentes e não medidas avulsas. 

A Guarda deu importantes passos com a criação da Quinta da Maúnça, do Parque Urbano do rio Diz, das praias fluviais... mas na minha opinião são iniciativas avulsas (que poderão ser incorporadas obviamente na estratégia). Por outro lado deixa que deliberadamente se continue a destruir o rio Noéme. Qualquer cidade que se quer moderna já ultrapassou estes problemas e está a olhar mais à frente. É que falar de Ambiente na Guarda engloba coisas tão díspares como a desertificação das aldeias, a protecção dos recursos e a potenciação económica e criação de postos de trabalho e riqueza. E não tenho visto este debate acontecer. Nem sei que ideias existem.

Sem comentários:

Enviar um comentário