A carta que ontem divulguei no blogue foi enviada ao Governador Civil da Guarda no dia 12 de Dezembro passado. Escrevi esta carta porque o problema do rio Noéme não é somente um problema do Rochoso ou da Guarda. É um grave problema do Distrito.
A irresponsabilidade que por aqui se vive em relação a este assunto ("faz não faz a obra", "no ano passado", "a breve trecho") é insustentável. Na semana passada voltou a haver uma forte descarga poluente cujos efeitos se fizeram sentir no concelho de Almeida (conforme se pode ver nas fotografias aqui publicadas).
É certo que o Governador Civil não tem poder executivo. Mas tem certamente poder de influência. Este problema afecta as populações dos concelhos da Guarda, Almeida e Sabugal. O rio Noéme poluído desagua no rio Côa. A resolução deste problema passa por diversas entidades algumas das quais estão sob alçada da Administração Central e do governo que representa no Distrito. Na altura em que enviei a carta não era ainda conhecido o ofício da ARH Norte que proibia terminantemente qualquer descarga doméstica ou industrial no rio Noéme. Actualmente e apesar desse documento o rio continua a ser agredido.
Já alguma vezes vi o Governador Civil da Guarda manifestar-se sobre o que se passa no Distrito. Não raras vezes o vi envolver-se activamente nalgumas causas ou preocupações das gentes da Guarda. Ainda na semana passada organizou um encontro de personalidades oriundas do Distrito onde se discutiram estratégias de desenvolvimento. Desta vez e sobre este assunto não tenho conhecimento que tenha feito alguma coisa ou sequer ter dirigido uma palavra.
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