Para as empresas serem elogiadas e reconhecidas como excepcionais pelas altas entidades do nosso país não deveriam estar acima de qualquer polémica, suspeita e, mais do que as outras, ter um comportamento condizente com o elogio? A mulher de César não só tem de ser séria, como também tem de parecer.
As empresas modernas (e quem nos dera que houvesse muitas na Guarda) têm de produzir produtos de grande qualidade, contribuir para a riqueza da região e do país (e dos accionistas evidentemente), trazer mais-valias para as zonas onde estão implantadas, ter um comportamento social, ecológico, filantrópico até. Não se devem escudar no argumento simplista da criação de emprego e da sua contribuição para a sociedade por via do pagamento de impostos.
Os empresários devem sempre lembrar-se do seu papel. As suas empresas não são ilhas isoladas. São entidades inseridas num certo contexto social. Deveria até existir uma carta que servisse de guia para a captação de investimento. E se os empresários não a cumprissem então seria recusado o seu dinheiro. Certamente haveria outras regiões onde se pudessem instalar.
Se temos maus políticos, ao menos que tenhamos bons empresários. Agora, quando políticos e empresários são maus ao mesmo tempo, não se pode esperar desta conjunção coisa boa.
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