Há 26 anos, um grupo de jovens amigos sonhou organizar na sua terra um festival de música. Esse grupo de jovens de uma terra do interior norte ousou ombrear com Lisboa e Porto (naquela altura, mais Lisboa até) e levar às suas gentes os melhores da música nacional e internacional.
O Festival Vodafone Paredes de Coura (então Festival de Música Moderna Portuguesa) é hoje um caso de sucesso atípico neste país que vive à volta de duas cidades. Paredes de Coura, no Alto Minho, um concelho com 9000 habitantes, tem durante os 4 dias do festival 26000 visitantes diários entre os que acampam, os que ocupam as poucas casas de habitação disponíveis e os que se alojam nas cidades vizinhas. Mais o tráfego aéreo para o Porto. E os estrangeiros, sobretudo espanhóis, e o staff das maiores bandas internacionais a fazerem publicidade gratuita a uma região lindíssima e a dizerem ano após ano que querem voltar e que nunca viram nada assim. Lameiros transformados em parques de estacionamento, cafés, mercearias e restaurantes a fazerem o lucro que não têm o resto do ano. Uma iniciativa privada, apoiada pela autarquia e acarinhada pela comunidade.
Mas não se trata só de música. Aproveitando as magníficas características naturais do local onde se realiza (um enorme anfiteatro natural, rodeado de freixos e carvalhos e atravessado por uma ribeira) há uma mensagem de sustentabilidade que é transmitida e posta em prática. E que é entendida: a título de exemplo, o civismo dos visitantes é de tal forma, que não se vê lixo no chão. O próprio Ministério do Ambiente, premiou o festival através da iniciativa "Sê-lo Verde".
Um exemplo para quem o queira ver. Por tudo: pela Música, pela Cultura, pelo Ambiente, pela Gastronomia, pela Região, pela Economia e sobretudo pelos mergulhos no rio Taboão.
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