quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Carta aberta ao presidente da Câmara Municipal da Guarda

Conta-se que um dia Jean Monnet, já velhote, pediu a um seu trabalhador que plantasse um carvalho na quinta onde vivia. O trabalhador alertou que se deveria plantar outro tipo de árvore, de crescimento mais rápido, porque já não era jovem e corria o risco de não ver o carvalho medrar. "Plante-se ainda antes da hora de almoço", disse sem hesitar o ancião ao trabalhador.

Estamos a entrar no último ano do seu mandato autárquico e não conseguiu ou não teve vontade de arranjar uma solução para despoluir o rio Noéme. Sendo o problema complexo, tinha de ter sido a primeira prioridade. Contam-se pelos dedos de uma mão as suas intervenções sobre o assunto; quanto aos actos concretos, falam por eles as descargas poluentes que fomos testemunhando. Nunca foi para si senhor presidente algo de importante a fazer. Inexplicavelmente ou talvez não.

Os Serviços Municipalizados de Água e Saneamento informaram-nos em Agosto (de 2015!!) que já estaria instalado um painel de sondas para medição do efluente da fábrica de forma a puder ser conduzido para a ETAR de São Miguel. Faltariam uns ajustes definitivos... Passou um ano e continuamos sem saber em que estado está o processo mesmo com repetidos pedidos de esclarecimento.

Diga-nos senhor presidente: até quando teremos de continuar a moer-lhe o juízo com este assunto? Ou está convencido que este problema não estará na memória das pessoas na altura de depositarem o voto na urna?

(Carta enviada por email ao presidente da Câmara Municipal da Guarda, no dia 3 de Setembro de 2016)

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