"É o dia 10 de Janeiro (...) do quadragésimo nono ano antes do nascimento de Cristo. O Sol escondera-se havia muito por detrás dos montes Apeninos. No escuro, os soldados da 13ª Legião mantinham-se concentrados e alinhados à espera da ordem de marcha. (...) Ao longo de oito anos e de sucessivas campanhas sangrentas tinham seguido o governador da Gália (...) Regressados agora dos ermos bárbaros do Norte, davam consigo alinhados junto a uma fronteira muito diferente. À frente deles espraiava-se um estreito riacho. Do lado dos legionários situava-se a provínciada Gália e no extremo mais recuado (...) a estrada que conduzia a Roma. Porém se a 13ª Legião enveredasse por esse caminho cometerial uma ofensa mortal, transgredindo (...) as leis mais severas do povo romano. Com efeito, isso equivaleria mesmo a declarar uma guerra civil. (...) Levar as armas à posição de ombro, avançar... e atravessar o Rubicão."
"Rubicão", de Tom Holland
O crime ambiental continua. O Noéme tem sido constantemente atacado, sendo a situação verificada dia 21 de Outubro mais um exemplo. Todos os dias, desde a rotunda da A23 até à Gata cheira a podre, cheira a morte. As populações continuam a ser expoliadas de um bem que é de todos. Alguns usufruem, destroem, matam impunemente como se fossem donos dos lugares. São uma espécie de novos senhores feudais que tudo fazem e tudo podem. Isto tem de ter um fim. Arregimentemos tropas. Revoltem-se os servos da gleba. Atravessemos nós também o nosso Rubicão.
António Gomes: artesão de afetos
Há 11 horas
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