O novo presidente da Câmara podia ter inaugurado uma nova era no que diz respeito à transparência da informação disponibilizada. Não o fez.
Referindo-nos ao rio Noemi e ao projecto de despoluição: nada se sabe sobre o que se fez, o que se vai fazer ou quando. Mesmo sobre o que se fez (limpeza das margens e caminhos) não se sabe se está concluído e no próximo Verão se pode percorrer a pé toda a extensão desde Vale de Estrela ao Rochoso junto ao rio. Uma coisa é certa, será preciso refazer muita coisa.
Da mesma forma, repete na recente entrevista à Rádio Altitude que há diversos poluidores mas não os nomeia nem sequer indica se a escala poluente é a mesma. Sobre um deles, atira números para a mesa (uma diferença de 300 qco sobre os efluentes enviados para a ETAR e aqueles que a ETAR pode receber), que, ditos assim e ao simplificar em demasia nada querem dizer. E ao dizê-los nada ficamos a saber sobre o que vai fazer... deixar andar? aumentar a capacidade da ETAR? Já agora o que representam 300 qco na nossa vida?
Atirar números para a mesa é uma estratégia bem conhecida da comunicação. Já todos vimos debates e entrevistas em que alguém exibe papéis mesmo que em branco. Papéis e números trazem gravitas ao discurso.
Ter o hábito de publicar os estudos e os planos permite a quem queira, estudar os assuntos, colocar questões e trazer contributos para a discussão. Ou seja, produzir conhecimento. Números atirados para cima da mesa tornam os Cidadãos desconfiados permanentes ou crentes de tudo o que lhes é posto à frente. Mais frequentemente leva a um encolher de ombros e a um "são todos iguais". É o mais frequente e é esse o objectivo ao fazer-se desta forma, mesmo que à custa da Democracia.
Sem comentários:
Enviar um comentário