sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

"Na Guarda ainda se lavam e penteiam lãs", in Jornal de Negócios

O título é retirado de uma notícia da edição de 19 de Janeiro de 2015 do Jornal de Negócios (notícia completa aqui). Não tive acesso à edição impressa, mas dado que inclui uma entrevista com o presidente da autarquia e outros artigos sobre empresas da Guarda, fiquei sem perceber se se tratava de publicidade paga ou alguma secção dedicada à Guarda. 

Todo o artigo é desenvolvido à volta dos sucessos da empresa e portanto não percebo as referências aos impactos ambientais da sua actividade. Se era para explorar esse tópico teria de ser mais desenvolvido (e de outra forma). Não tendo sido feito ficou a ideia de ter sido metido ali a martelo. Por outro lado, fazer o elogio de empresas por fazerem o que a lei obriga (será mesmo?), não é digno de louvor, pois não fazem mais que a sua obrigação - quem produz resíduos deve tratá-los.

Ficam algumas passagens comentadas:

"O cheiro não engana" lê-se. 
Terá a jornalista passado nas imediações do rio Noéme em dia de descarga poluente?

"A lavagem de lãs é uma actividade que causa problemas ambientais, pelo que é necessário diminuir a carga poluente ao máximo, e com isso reforçar o investimento nesta área."
Sabemo-lo bem. Há muitos anos que o rio Noéme está destruído.

"Muitos dos lavadouros existentes na Europa desapareceram precisamente pelos custos elevados com a diminuição da carga poluente. Uma preocupação não tão marcada na China, para onde muitas empresas se deslocalizaram. Outras acabaram mesmo por fechar."
Não sei se ser o único lavadouro em Portugal é necessariamente bom e motivo de orgulho. Não é só na China que a preocupação com rios é menor, em Portugal também.



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