quarta-feira, 10 de julho de 2013

A Cidade em 3 Actos


No fim-de-semana de 22 e 23 de Junho as ruas da Cidade estavam cheias de gente. Milhares de pessoas (números divulgados na Comunicação Social) movimentaram-se ao longo do fim-de-semana entre o "largo dos correios", o jardim e até puderam (inédito!) atravessar os claustros do museu entre o largo e a  rua Alves Roçadas. Colectividades e vendedores recriaram a antiga Feira de São João, produzida pela Culturguarda. No jardim decorria a "feira de novos criadores". As pessoas aderiram. A Cidade teve vida.

Sábado passado, durante grande parte da tarde, a Cidade esteve deserta. Ninguém na rua, esplanadas desertas. Até que por volta das 17:30 começou a juntar-se gente na Praça Velha. Cerca de três dezenas de pessoas deslocaram-se ali para assistir a mais uma "visita encenada" à Cidade. Desta vez o "guia"  foi Augusto Gil, poeta da Guarda. Durante mais de uma hora, cerca de três dezenas de pessoas seguiram o cicerone por entre (alguns) edifícios a cair mas cheios de história (e estórias). E a Cidade, mesmo que degradada, feia e mal cuidada ganhou vida. Porque teve gente.

Agora que se aproxima o alvoroço das eleições é necessário que aqueles que se propõem governar digam o que pensam destes e outros assuntos. Que ilações tiram destes factos. O que pretendem fazer. Aqueles que têm ideias, mesmo aqueles que papagueiam algumas coisas, devem de uma vez por todas dizer claramente o que vão fazer para trazer pessoas à Guarda, recuperar a Cidade e torná-la atraente. Está visto que com imaginação e criatividade até edifícios a cair conseguem roubar uma gargalhada ao visitante.

É imperioso um programa de animação contínua da Cidade que resgate as gargalhadas e traga as pessoas à rua. Venham palhaços e saltimbancos; conte-se a história da Cidade aos de cá e aos de fora; mostre-se com orgulho os edifícios novos e os que estão a cair. Só com cultura, criatividade e imaginação se salva a Cidade. É preciso que todos puxem para o mesmo lado. É necessário um pacto de regime para a Cultura na Guarda. Mais, mais e mais! 

"Morra o Dantas pum!" 

1 comentário:

  1. Então não era"morra o cavaco,morra",como dizia o Mário Viegas.

    Abraço,

    mário

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