Cheguei a pensar que a delegação da RTP na Guarda tivesse deixado de funcionar. Ou que tivesse sido deslocalizada. Ou que não existissem notícias relevantes na Guarda. Mas na semana passada fiquei mais sossegado: no dia da inauguração da intervenção na Torre de Menagem lá vi uma reportagem sobre o tema no programa "Portugal em Directo".
Então porque é que nunca vimos na RTP uma notícia sobre a poluição no Noéme? Não sei. A existência de delegações nas diversas regiões deveria aproximar o repórter da notícia, falar do que de bom e de mau acontece a nível local. E como serviço público que é (seja lá o que isso signifique, porque para mim o exercício do jornalismo é serviço público por definição) deveria ter mais obrigações. Mas não tem tido. Para os que insistem em encarar o jornalismo numa óptica empresarial (como muito se ouve hoje em dia) seria bom que no final de cada ano houvesse um balanço da actividade noticiosa onde se justificaria o porquê da publicação ou rejeição de certas notícias. A bem da transparência.
Sou dos que gostam de acreditar num jornalismo independente, curioso, de investigação, que procura respostas, que questiona, que não se acomoda, que não se deixa enganar, que não engana, irreverente, imaginativo - com o objectivo de Informar. O jornalismo não pode ser nunca um exercício de vaidade. Nem estar preso a nada que não seja a consciência do jornalista.
António Gomes: artesão de afetos
Há 15 horas
Marcio a noticia está com nivel
ResponderEliminarAinda temos RTP.