segunda-feira, 27 de julho de 2009

Parque Urbano do Rio Diz

O Parque Urbano do Rio Diz foi inaugurado em 2007. Pela sua importância e pela sua grandeza arrisca-se a ser considerada a grande obra de regime deste executivo camarário. Antes de me alongar no texto quero deixar bem claro que sou absolutamente a favor da criação deste espaço. A sua implementação veio colmatar uma lacuna evidente no que se refere a espaços verdes na cidade da Guarda.

Aquando do lançamento do projecto e porque o espaço pressupunha a requalificação do Rio Diz julgou-se que seria dado um grande passo para a resolução do problema do Noéme. Limpando-se o Rio Diz e deixando de haver descargas poluentes, estaria a limpar-se também o Noéme (independentemente de qualquer outra intervenção). Não se verificou isso. Ao abrigo de acordos existentes, uma fábrica foi deslocalizada para a Gata e em vez de despejar no Rio Diz passou a fazê-lo directamente e sem qualquer tratamento no Noéme. Foi como varrer o lixo para debaixo do tapete.

O Parque Urbano perdeu com isto a oportunidade de se tornar o ponta de lança de uma verdadeira estratégia ambiental para o concelho. Ficou um simples "parque urbano" onde se pode tomar café ao domingo enquanto as crianças brincam nos baloiços. Com o Noéme despoluído, este parque seria a porta de entrada para um "mundo maravilhoso" onde haveria concerteza plantas e animais, moinhos e azenhas, numa zona ribeirinha de 18 km's de extensão. Imagine-se entrar no Parque Urbano do Rio Diz para um passeio de domingo e acabá-lo, algumas horas depois, no Rochoso, sempre sem perder de vista a ribeira...

Mais do que criar o parque na cidade (repito, sou absolutamente favorável à sua existência) porque não associar a esta obra a preservação do ambiente com o objectivo de criar um verdadeiro "parque natural" na zona ribeirinha do Noéme? Com uma vantagem adicional: o Parque Natural do Noéme tem memórias, enquanto que o Parque Urbano ainda está na primeira infância.

1 comentário:

  1. Este texto está com nivel, Marcio temos de abrir os olhos aos cegos ( Cegos são os que não querem ver)
    um abraço
    vargas

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