sexta-feira, 21 de setembro de 2012

10 Ideias Para o Noéme - memória descritiva do logotipo


"A ideia é: o pessoal senta-se à roda da mesa e começa a debitar ideias para resolver os problemas do Noéme. Qual é a primeira coisa que fazem? Escrever com um marcador no topo da folha o que está no logo:

10 ideias para o Noéme:

É um convite a quem vê a participar já que, e como se vê, os dois pontos (:) reforçam esta ideia. Para completar, marcadores fluorescentes (azul da água pura) para reforçar a importância deste título.

O logotipo pretende lembrar os cartazes feitos à mão pelo povo nas manifestações de rua. Um movimento global mas muito personalizado e pessoal."

Victor Sousa
Director de Arte

terça-feira, 18 de setembro de 2012

10 Ideias Para o Noéme

A ideia é simples: partimos da premissa que no início do próximo ano não haverá mais descargas poluentes no rio Noéme e que este nos é devolvido conforme nos prometeram! O que fazer com ele?

Deixo por isso o seguinte repto aos leitores deste blogue: enviem para o endereço de correio do blogue ou para a caixa de comentário as vossas ideias para o nosso rio. De preferência ideias que não dependam das instituições oficiais; apenas ideias que qualquer pessoa possa executar sem depender de nenhuma entidade.

Se o rio Noéme voltar a ser nosso foi porque lutámos. Temos agora de cuidar dele para que não volte a acontecer o mesmo no futuro. É hora de nos responsabilizarmos por ele.



domingo, 9 de setembro de 2012

"A espuma dos dias", grande reportagem SIC

Mais logo no Jornal da Noite da SIC irá ser transmitida a reportagem "A espuma dos dias" sobre pessoas que ainda lavam no rio.

Esta espuma não é a mesma que se vê regularmente no nosso Rio.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

E as obras?

Já começaram as obras da estação elevatória Quinta da Granja?
Já há obra à vista ou é tudo subterrâneo ainda?
Vão estar prontas antes do final do ano?
Onde é ao certo a Quinta da Granja?
Vamos ter o Noéme limpo?

Estas são as perguntas do momento.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

"Água, um monopólio natural", de Luísa Schmidt

Artigo publicado no Expresso desta semana.



sábado, 18 de agosto de 2012

"As obras emblemáticas dos últimos anos foram todas na área da cultura e isso não cria emprego, nem competitividade"

Parece estar aberta a campanha eleitoral para a Câmara da Guarda com a entrevista que o presidente da distrital do PSD concedeu ao jornal "O Interior". Nesta entrevista defende claramente um programa que contrarie a aposta na Cultura (única área em que a Guarda está vários passos à frente de outras cidades do país): "As obras emblemáticas dos últimos anos foram todas na área da cultura e isso não cria emprego, nem competitividade... Portanto, temos de reverter essas apostas estratégicas da Guarda, que têm que se virar para a promoção do desenvolvimento económico, da sua competitividade e do emprego." 

Estas declarações denotam, para já, três factos importantes, quando estamos a praticamente um ano das eleições:

- O presidente da distrital do PSD demonstra um profundo desconhecimento do papel que a Cultura desempenha nas sociedades modernas. Não sabe o que são "cidades criativas" e do desenvolvimento que essas cidades alcançaram por atraírem precisamente empresas ligadas à "indústria da criatividade". Tem ainda tempo para se documentar e visitar algumas delas neste ano que ainda falta até à elaboração de um programa eleitoral (eleitoral, nem sequer digo estratégico).

- "O próximo presidente da Câmara tem que trazer empresas, serviços e emprego". A sua estratégia de futuro para a Guarda passa por tentar apanhar um comboio que a Guarda perdeu faz muito tempo. Quer trazer empresas e serviços quando já não existem empresas e serviços em Portugal. Pelos menos as convencionais: poderia tentar trazer as empresas criativas e inovadoras, mas essas, segundo ele, "não criam emprego, nem competitividade".

- O que se faz no TMG é segundo ele, "muito caro, embora muito meritório". Mas não cria emprego nem competitividade e é preciso reverter essas apostas estratégicas. Ou seja, destruir a única área em que a Guarda se pode realmente continuar a afirmar e a mais reconhecida (porventura mais acarinhada e compreendida fora da Guarda do que cá dentro).

Conhecendo-se estas afirmações, e é bom conhecê-las de forma assim clara, cabe fazer uma pergunta: que tipo de empresas pretende tentar trazer para a Guarda?
 
Acompanhei as últimas eleições autárquicas neste blogue, faz três anos mais ou menos. Lembro-me que nenhum dos programas eleitorais do PS ou do PSD traziam a despoluição do rio Noéme como prioridade. O candidato do PS referiu-se a essa questão num debate na Rádio Altitude e depois num comício no Rochoso disse "que iria ser resolvido o problema com urgência (cito de cor)". Do candidato do PSD não se ouviu nada sobre o tema e mesmo no Rochoso, apresentou-se aos eleitores e saiu antes sequer de haver perguntas dos presentes.

Como todos sabem a poluição do rio Noéme continua a ser uma realidade. A resolução do problema foi anunciada para o final de 2012, tendo em conta o tempo de execução da obra que estará em curso (tinha sido anunciado que a sua resolução tinha carácter de urgência). A resolver-se este problema concreto e muito grave, será uma vitória da sociedade civil que conseguiu colocar este assunto na ordem do dia e pressionar a Câmara Municipal da Guarda a resolvê-lo.

A resolver-se o problema de poluição do rio Noéme pode abrir-se caminho para uma Guarda diferente. Finalmente amiga do Ambiente, e com possibilidade de, agora sim, trazer projectos e empresas que apostem nesta área e aproveitem as grandes potencialidades que temos. Cultura e Ambiente podem trazer desenvolvimento à Guarda. Ou queremos voltar ao tempo das empresas poluidoras?

Por isso pergunto: 
Que tipo de empresas queremos na Guarda?
Qual o papel que o Ambiente deverá ter no futuro da Guarda?