"Arouca vai pôr-nos a passear junto ao rio Paiva", in Público

Arouca vai passar a dispôr de um percurso pedestre junto ao rio Paiva conforme se pode ler na notícia do Público da edição de ontem. Na mesma notícia é explicada a estratégia da autarquia no que diz respeito ao aproveitamento dos recursos que esse território dispõe. 

São explicadas as acções concretas que se propõem desenvolver: valorização do ambiente, aposta no agro-turismo, na gastonomia ("Alvarenga, aldeia famosa pelo bife de arouquesa") e nos seus produtos, atracção de investimento e repovoamento das aldeias em processo de desertificação.

"Enquanto se caminha, e é bom levar uns binóculos, é perceptível, ao vermos um melro-de-água ou um bando de pedreiras, que não falta vida por aqui" - Que inveja não se puder dizer o mesmo em relação ao rio Noéme. A diferença é que nalguns sítios há ideias e se põem em prática enquanto que noutros se pensa simplesmente em destruir. Que estratégia integrada existe para os produtos de cá? Quando se vai impedir que efluentes não tratados sejam despejados no rio Noéme? Faz sentido uma Feira de Turismo num território que tem um rio poluído? Ou pretende-se inovar e desenvolver o conceito de "turismo de poluição"? 

"Pensar incomoda mais que andar à chuva" dizia o poeta. Na Guarda, quase sempre, se prefere andar debaixo de água.