quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Incêndio do Rochoso (5)

Veja-se o caso de um Cidadão que não perde tempo com as politiquices que entretêm os dirigentes locais e vai à luta nas grandes questões. Tem sido assim quando se trata da poluição do rio Noéme, é-o agora com a questão dos incêndios que assolaram o concelho da Guarda. Lesado, como praticamente todos fomos, procura Justiça. Justiça que não encontra, nem esclarecimentos, nem responsabilidades.  É meu tio, é um exemplo de Cidadania. 

Eis a carta que enviou à Comunicação Social relatando as suas diligências. Da Câmara Municipal, mais preocupada com as fotos no Facebook, nenhuma resposta:

***

Data: 2017-08- 15

Assunto: Incêndio ocorrido no Rochoso no dia 17-07- 2017

Em referência ao assunto supracitado informo o seguinte:

1. Acompanhei as notícias publicadas nos diversos órgãos de comunicação social e fiquei surpreendido que cidadãos e responsáveis autárquicos (Câmara Municipal da Guarda e Freguesia do Rochoso) tivessem criticado os Bombeiros e a Protecção Civil que, de forma voluntária, fizeram o possível e o impossível para proteger pessoas e bens. Fica-nos bem agradecer-lhes publicamente o esforço.

2. Fiquei ainda mais surpreendido que não tivessem ainda sido assumidas responsabilidades pela origem do incêndio (recordo que saíram notícias na comunicação social que afirmavam ter sido o incêndio provocado por uma empresa que limpava as bermas da estrada municipal). Por acção ou omissão as entidades oficiais são responsáveis pois no mínimo, deveriam ter proibido esses trabalhos nessa época do ano. Eu próprio, no passado, vendo trabalhos semelhantes serem feitos nesta época contactei a Protecção Civil e os mesmos foram interrompidos. Não há portanto desculpas por parte das entidades que nos governam.

3. Num período de seca com a que se tem verificado no ano de 2017 a Câmara Municipal anuncia projectos de milhões para a despoluição do rio Noéme. O rio teve intervenções através dos projectos de limpeza das galerias ripícolas estando as suas margens limpas em toda a sua extensão, continuando poluídas as suas águas. Para se resolver o problema bastará destruírem a conduta municipal localizada na Gata (sobejamente conhecida) onde são despejados os efluentes. Não envolve qualquer custo, o Inverno fará o resto e poderemos ter um rio limpo na próxima Primavera sem milhões mas com tostões.

4. Do exposto nos pontos anteriores, concluo que tais situações não são dignas de um País dito Europeu. Que País é este?

5. Anexo as cartas que enviei pela empresa de que sou responsável para a Câmara Municipal e a GNR pedindo responsabilidades. Da GNR obtive o número do processo que os lesados deverão consultar no Tribunal da Guarda (NUIPC 134/17.4GBGRD), da Câmara Municipal o silêncio de sempre. É este o respeito que lhes merecem os Cidadãos da Guarda.


Atenciosamente,
Joaquim Vargas

quarta-feira, 30 de agosto de 2017

"Presidente da Águas do Vale do Tejo não confirma valor da dívida da Câmara da Guarda: «é um problema entre accionistas", in Rádio Altitude

Este senhor está enganado, não é um problema entre accionistas: é um problema dos Cidadãos da Guarda que irão pagar a factura.

Não querer esclarecer é apanágio desta entidade. Recorde-se o epísódio do pedido de documentação que aqui relatei.

E aí é problema de quem? do poluidor, da Câmara Municipal, da Águas do Vale do Tejo? Não, mais uma vez é poblema dos Cidadãos da Guarda.

(Pode ouvir-se a notícia aqui)


sábado, 26 de agosto de 2017

Debate dos candidatos na RTP3

Acabo de ver na RTP3 o debate dos candidatos à Câmara da Guarda. 
Carlos Adaixo e Carlos Canhoto levaram a despoluição do Rio Noéme ao debate, no âmbito das suas propostas, mesmo sem serem questionados sobre o assunto pelo entrevistador. Trata-se do maior problema ambiental do concelho e devia ser tema central da campanha eleitoral.
Na intervenção final Álvaro Amaro ainda referiu o "grande" projecto dos passadiços do Mondego (para dar um ar ambiental) e a correr a despoluição dos rios sem chegar a dizer os seus nomes. É que há palavras que parecem queimar.

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Incêndio do Rochoso (4)

Conforme noticiado na edição desta semana do Terras da Beira, a GNR (em resposta a um produtor) indicou o NUIPC (Número Identificador Único de Processo Crime) do processo que os lesados nos incêndio do Rochoso poderão consultar. 

Não sei se as entidades públicas que deveriam estar ao serviço dos Cidadãos já o fizeram por isso aqui fica. O NUIPC é o 134/174GBGRD. Julgo que para acesso ao processo os lesados deverão levar os documentos comprovativos da posse dos terrenos ardidos.


(Clicar na imagem para ampliar)


quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Incêndios no concelho da Guarda (1)

"O incêndio de Fernão Joanes que tem estado hoje a lavrar começou devido a uma limpeza das bermas da estrada com moto-roçadoiras ou alfaias agrícolas, uma actividade ilegal nesta altura do ano". Quem o disse foi Madalena Ferreira, correspondente da SIC na Guarda no Jornal da Noite daquele canal.

Já o incêndio do Rochoso tinha começado da mesma forma segundo Jorge Esteves correspondente da RTP, num directo para o programa Especial 3 da RTP3 no dia 17 de Julho. Confirmado também em declarações transmitidas na Rádio Altitude no dia seguinte pelo presidente da junta de freguesia daquela localidade.

- Serão situações normais?
- Coincidências?
- A culpa é dos Bombeiros e da Protecção Civil?
- Não há respostas?
- As autoridades oficiais ainda estão a banhos?
- Desta vez tiveram a gentileza de convidar  a Câmara da Guarda para o briefing do posto de comando?
- Responsabilidades?

"Guarda tem «condições excelentes» para prática de pólo aquático, diz seleccionador nacional", in Rádio Altitude

Nas açudes do rio Noéme.

terça-feira, 22 de agosto de 2017

"Álvaro Amaro pede explicações ao Comandante Distrital de Operações de Socorro", in A Guarda (27/7/2016)



Voltando ao incêndio do Rochoso:

Diz o título da notícia que Álvaro Amaro pede explicações ao Comandante Distrital de Operações de Socorro e a notícia desenvolve nesse sentido. No final, uma nota que quase passa despercebida e que não tinha lido ainda em mais lado nenhum:

" O vereador Joaquim Carreira questionou sobre as causas do incêndio, se terá sido originado quando estava a ser feita a limpeza de terrenos com equipamentos mecânicos, mas Álvaro Amaro disse que “compete às autoridades investigar”."

Muito bem o vereador Joaquim Carreira. Esse tema saiu das notícias, mesmo que no próprio dia e no seguinte tenha sida afirmada a causa do incêndio e os responsáveis pelo mesmo (conferir notícia da Rádio Altitude e do programa da RTP3).

A culpa, neste caso, de solteira não tem nada. Têm de se tornar públicos os maridos, os amantes e os amigos. Todos.





sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Argumentário: entrevista a Carlos Canhoto na Rádio Altitude

Com bastante atraso, os destaques da entrevista de Carlos Canhoto (candidato da CDU à Câmara da Guarda) na área da política ambiental do concelho:

- Despoluição do rio Noéme,
- Devolução dos rios à população.
- Limpeza e reflorestação do concelho.
- Revitalização da Quinta da Maúnça.

Diz e bem, que durante quatro anos este executivo camarário não teve nenhum interesse pela questão do rio Noéme e que a CDU levou esse assunto à Assembleia Municipal várias vezes e nunca foram escutados.

quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Roubo de porta escancarada e às claras

É este tipo de oportunidades que poluidores e Câmara Municipal da Guarda nos tem roubado.


(Rapoula do Côa)


(Vale das Éguas)




quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Incêndio do Rochoso (3)

Vou querer ver uma capa de jornal apontando a origem do incêndio e os seus responsáveis.


segunda-feira, 14 de agosto de 2017

RTP na Volta

Vi há bocadinho o tempo de antena do presidente-candidato na RTP. Falava que não sabia muito bem como vender o Ar da Guarda mas que sabia muito bem que os turistas tinham de o aproveitar (cito de cor).
Esperei 5 minutos que dissesse o mesmo da Água. Sobre como aproveitar as Águas da Guarda, nomeadamente aquelas que todos nós bem sabemos. Águas essas que por agora estão privatizadas, só servem a alguns.

sexta-feira, 11 de agosto de 2017

"A realização dos direitos sociais é uma batalha que nunca está ganha", in Público

"Damos certas coisas por adquiridas e só as valorizamos quando se tornam ameaçadas. [A água] Não era tema" - Catarina de Albuquerque

Uma excelente entrevista a Catarina de Albuquerque sobre Água e Direitos Humanos. Na Guarda destroem este valioso recurso.



quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Promessas na apresentação das listas do PSD (in Rádio Altitude)

"Despoluir os rios Noéme e Diz e construir os Passadiços do Mondego são outras das ideias do atual autarca da Guarda. No caso do Rio Noéme a intervenção permitirá também criar ao longo do curso hídrico aquilo que designa por «ecovia do Noéme e do Massueime», o nome da ribeira que nasce junto à zona baixa da Guarda e segue na direcção no concelho de Pinhel. A ideia é ligar dois extremos do concelho, entre o Rochoso a Avelãs da Ribeira, através de um percurso para prática de ciclismo e desportos de natureza, com uma extensão de mais de 40 quilómetros, que acompanhará as linhas de água do Noéme, do Diz e do Massueime." - promessa do presidente-candidato Álvaro Amaro.



Qualquer promessa do presidente-candidato que envolva a despoluição do rio Noéme só poderá ser levada a séria se até às eleições a conduta municipal que despeja os efluentes industriais na Gata for destruída. 

O mesmo digo em relação aos candidatos-a-presidente: qualquer promessa que envolva a despoluição do rio Noéme deve vir acompanhada do número de dias, após a tomada de posse, que demorará a ser fechada a conduta se forem eleitos.


Pode ler-se/ouvir a notícia da Rádio Altitude aqui.



sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Se o Mundo Rural fosse um Banco

 - Haveria dinheiro com fartura para salvar  as nossas aldeias, o ambiente, a agricultura de proximidade, o campo e as tradições.

- Já teria vindo uma tróica de alemães, franceses e holandeses tomar conta dos nossos campos.

- Em nome do risco sistémico seriam feitas leis, decretos e tudo o mais para salvar o mundo real, nem que para isso se continuasse a dinheiro a quem o destruiu.

- Em vez de políticos oportunistas profissionais teríamos tecnocratas a mandar nas nossas aldeias/cidades.

- O queijo, os enchidos e o vinho seriam "privatizados" - oferecidos - a entidades estrangeiras.

- Os rios poluídos, as florestas ardidas e os campo inférteis ficariam por nossa conta.