Mantive o título do espectáculo comunitário que se fez durante muitos anos na Guarda. Mantive a marca já consolidada, embora o que se assistiu no domingo tenha tido muito pouco de Julgamento e Morte do Galo do Entrudo.
Como disse naquele dia num depoimento à Rádio Altitude preferia o formato antigo, com uma encenação rica, textos brilhantes, actores extraordinários e uma queima do Galo espectacular. À noite! Faça-se a história do espectáculo, comparem-se os textos e vejam-se as diferenças.
Sobre o contexto, a tradição, o que significa o "Galo": está em risco de perder-se isso tudo. Sobre a palavra "Entrudo", em pouco tempo ninguém saberá o que significa palavra tão estranha. Mais uma vez este executivo camarário em vez de acrescentar, destruiu o que estava bem. Podia acrescentar ao evento o Desfile das Freguesias (bela iniciativa e muito bem conseguida), mas em vez disso preferiu destruir o que era muito bom (só porque não era da sua autoria). Este ano, o espectáculo da Praça Velha consistiu numa projecção em vídeo de depoimentos valorizando o que de mal tem a Guarda.
O Desfile das Freguesias traz muita gente à cidade. É um belo momento de afirmação do concelho e da comunidade. Uns carros mais interventivos que outros, com temas muito diferentes entre si, todos muito bonitos. Houve de tudo: mensagens fortes, a de Vila Fernando por exemplo sobre o rio Noéme (também o Rochoso se referiu ao problema); a memória e as tradições (Pousade homenageando o Teatro, a Castanheira os enchidos e a Vela o Joaquim Chamisso), a sátira política nacional e local e instalações imponentes como a da Arrifana. Podem orgulhar-se os que participaram.
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