Fonte bem colocada em Belém confidenciou-nos que Marcelo Rebelo de Sousa faz depender a decisão da sua recandidatura a Belém da total despoluição do rio Noéme em 2020.
segunda-feira, 30 de dezembro de 2019
quinta-feira, 26 de dezembro de 2019
terça-feira, 24 de dezembro de 2019
Inspecção do Ambiente e tribunais
As notícias de ontem diziam que só 24% das coimas aplicadas pela Inspecção do Ambiente por crimes ambientais eram cobradas. A causa, referiam, seria a falta de sensibilidade ambiental dos juízes.
Nisto subscrevo a opinião de Miguel Sousa Tavares no seu comentário no jornal da TVI (cito de cor): “as multas já não resolvem nada. Se uma fábrica é predadora do Ambiente tem de ser encerrada.”
sexta-feira, 20 de dezembro de 2019
quarta-feira, 18 de dezembro de 2019
Estação do Noemi
A linha da Beira Alta e o rio Noéme caminham em boa parte do trajecto lado a lado, quase de mãos dadas. Muitos apeadeiros ficam muito perto da ribeira. Existe até a "Estação do Noemi" que segundo este artigo foi criada em 1917 com a particularidade de estar afastada de qualquer localidade.
No livro "Linha da Beira Alta - Viagem inaugural", escrito por Bronislaw Wolowski em 1883 e republicado em 2017 encontramos o olhar de um estrangeiro daquela época sobre Portugal, a Guarda, a nossa região... Por exemplo: "Esta parte de Portugal era, até ao presente, separada do resto do Mundo. À medida que nos afastamos do Oceano e nos aproximamos de Espanha, o país é menos cultivado; o solo é agora pedregoso, árido. De tempo a tempo, o olhar fica encantado por algum vale deslumbrante. Estes espectáculos são raros e, da Guarda a Vilar Formoso, o aspecto das encostas nada tem de agradável. As pequenas vilas ou os locais de habitação mais importantes encontram-se a uma distância de 4, 5 ou por vezes quinze quilómetros do traçado do caminho-de-ferro. O percurso é por isso monótono."
Concordando ou não com o carácter subjectivo e de gosto nas suas apreciações e comparações entre os vales e os cabeços, de 1883 até aos nossos dias pouco ou nada mudou nesta paisagem e quem fizer a viagem Guarda - Vilar Formoso poderá constatar isso mesmo. Atrevo-me mesmo a dizer, que desde a Idade Média a maior transformação física e social nestes locais se deveu precisamente ao comboio.
domingo, 15 de dezembro de 2019
O rapto do Noemi
Esta imagem faz parte de um mural que está na LxFactory em Lisboa e cujo nome do autor não consegui apurar.
Gosto de lhe chamar “O rapto do Noemi”. Está lá tudo: os poluidores e as entidades oficiais representados por um velho de longas barbas grandes roubando a Vida e o relógio questionando: "quanto tempo mais?".
sábado, 14 de dezembro de 2019
quinta-feira, 12 de dezembro de 2019
“Faltará o ar. Será importante?”, de Daniel Deusdado
Pode ler-se a crónica no sítio do Diário de Notícias.
terça-feira, 10 de dezembro de 2019
Sabedoria dos Clássicos
"Poucos rios, surgem de grandes nascentes, mas muitos crescem recolhendo a água que encontram pelo caminho", Ovídio
No seguimento do post anterior.
segunda-feira, 9 de dezembro de 2019
"Quando puderes beber na fonte não bebas no ribeiro"
Se noutros tempos era comum beber água em qualquer sítio, hoje é completamente impossível. A dita "da rede" que oferece as condições sanitárias e é bacteriologicamente testada, ganhou (nuns sítios mais, noutros menos) o gosto do "tratamento".
"Água corrente não mata a gente" dizia-se. Fruto das mudanças climáticas, das transformações na paisagem, do fim de uma certa agricultura e respectiva consequência nos solos, enfim, do "progresso", as águas estão cada vez mais paradas, escassas e sujas.
Deixámos de tratar as águas circulantes (à superfície e no subsolo) como o sangue que se movimenta nos nossos corpos. Nalguns casos não sabemos onde estão essas águas, noutros esquecemo-nos, perdemos essa sabedoria milenar. Mais grave ainda, em muitos casos o "progresso" cortou as nascentes onde não deveria ter sido permitido, só para se construir, só para se ganhar dinheiro... e deixámos.
Estranho desenvolvimento este que nos venderam. Alegam agora que a água chega a todas as torneiras e o saneamento é uma realidade em todos os lugares. Sem dúvida, dizemos, aqui o progresso escreve-se sem aspas. Mas este progresso, este que chega a todos não é incompatível com o que defendemos antes.
"Não bebas na fonte, nem no ribeiro, muito menos na ribeira" mas procura a água. Aproxima-te, contempla-a. Umas vezes calma, outras furiosa. Não a percas nunca de vista.
sexta-feira, 6 de dezembro de 2019
"What If We Stopped Pretending?", in New Yorker
Traduzo livremente o início do ensaio: "Existe uma esperança infinita”, diz Kafka, “só que, não para nós”. Esse é um epigrama apropriadamente místico de um escritor cujos personagens lutam por objectivos ostensivamente alcançáveis e, tragicamente ou divertidamente, nunca conseguem aproximar-se deles. Mas parece-me, que no nosso mundo que escurece rapidamente, o inverso da piada de Kafka é igualmente verdadeiro: não há esperança, excepto nós."
Jonathan Franzen (romancista, autor de "Purity") continua depois o texto que rapidamente se perceberá trata das alterações climáticas e da acção do Homem sobre o planeta. Uma excelente leitura para um dia de frio em frente à lareira.
Pode ler-se aqui o ensaio completo.
quarta-feira, 4 de dezembro de 2019
Geneanologia
Para se compreender na totalidade a complexidade do problema do rio Noéme e porque dura há tantos anos, talvez fosse necessário estudar a fundo a genealogia do poder na Guarda.
terça-feira, 3 de dezembro de 2019
Regionalização
A Regionalização poderá voltar à agenda política nesta legislatura. Aberto a todos os argumentos, deixo o meu contributo a partir das margens do Noéme:
- O rio já estaria despoluído com um poder regional, mais conhecedor do problema mas também mais próximo e possivelmente influenciável por circunstâncias locais?
- Ou será mais vantajoso para o rio, que a análise seja feita por um Poder distante, imparcial, totalmente desconhecedor das idiossincrasias regionais?
segunda-feira, 2 de dezembro de 2019
Entrevista ao Ministro do Ambiente na RTP
A entrevista foi transmitida no dia 27 de Novembro na RTP e foram abordados os seguintes temas:
- Exploração do lítio, tema que dominou grande parte do programa.
- Tratamento e recolha de resíduos.
- Estado das pedreiras, no rescaldo do acidente de Borba do ano passado.
- Água: abastecimento e escassez. "Nunca me verão optimista em relação a esse tema", disse o ministro. Não referiu nada acerca da qualidade das águas dos nossos rios.
Esperava uma entrevista mais baseada na discussão de políticas ambientais e de ideias, do que a olhar para factos da agenda.
Sobre a exploração do lítio em Portugal, deixo as minhas notas para discussão à margem da entrevista (talvez um dia lhe dedique um post):
- Assumindo que existe e em quantidades que justifiquem, Portugal quer ter uma economia do tipo extractivo?
- O que vão ganhar as populações dos sítios onde vai ser explorado? (E o que vão perder);
- Qual o melhor modelo de negócio (público, privado, público/privado)? O modelo de negócio implementado na Noruega em relação ao petróleo é aqui aplicável?
- Onde fica o valor acrescentado da exploração e os ganhos com a transferência de tecnologia? Ou o trabalho "limpo" irá para os países desenvolvidos?
domingo, 1 de dezembro de 2019
sábado, 30 de novembro de 2019
"A pegada da nossa roupa", in Público
Lemos esta notícia muito interessante na edição de ontem do Público. Os dados apresentados deviam fazer-nos reflectir sobre a questão do consumo sustentável e da poluição associada à produção daquilo que vestimos. O dossier "A (in)sustentabilidade da moda" traz ainda mais informação sobre o tema.
Já tínhamos abordado esta questão neste espaço a propósito do documentário "For the Love of Fashion" de Alexandra Cousteau.
"A indústria têxtil é considerada uma das mais poluentes, desde a produção, fabrico, transporte e uso (lavar, secar e engomar). Os impactos ambientais sentem-se sobretudo ao nível do consumo de água, da erosão dos solos, da emissão de CO2 e dos resíduos e desperdícios resultantes.", é escrito no artigo.
Infelizmente, sabemo-lo bem por aqui.
sexta-feira, 29 de novembro de 2019
"Quinta da Taberna é o primeiro projecto a pensar «no potencial» dos Passadiços do Mondego", in Rádio Altitude
Lê-se na notícia da Rádio Altitude: "a requalificação da praia fluvial e da zona de lazer da Quinta da Taberna já é um projecto a olhar para um futuro próximo com crescente procura turística".
Tamanha procura turística fará com que os ditos que não caibam nas praias fluviais do Vale do Mondego, rumem às açudes do Noemi.
quinta-feira, 28 de novembro de 2019
"OCDE pede aos governos para não financiarem empresas poluentes", in RTP
"A OCDE recomenda os governos que fechem a torneira dos apoios públicos a empresas que não cumpram objectivos climáticos.", lê-se na notícia.
Ainda não lemos o relatório, mas estamos globalmente de acordo com as declarações de Jorge Moreira da Silva. Contudo, tal como o Governo, parte de um princípio errado e incompleto: estamos em emergência climática, mas esse não é único problema. Há ainda rios poluídos em Portugal. Há ainda empresas que poluem à moda antiga. Acaba por ser também hipócrita: que alternativas existem hoje, por exemplo, ao transporte de mercadorias sem recurso a combustíveis fósseis em Portugal? Sabemos a anedota que é o transporte ferroviário em Portugal. Não me refiro sequer aos países subdesenvolvidos, com populações elevadas a viver na miséria. Que alternativas económicas têm para dar a volta a isso sem ficarem ainda mais pobres.
Existem questões de definição e de semântica por clarificar: para o Governo, as organizações internacionais, Jorge Moreira da Silva, empresas poluentes são aquelas que não cumprem objectivos climáticos. Que usam combustíveis fósseis na sua actividade.Que eventualmente servem carne aos trabalhadores nos seus refeitórios. Poluentes dirão, somos todos nós.
É uma visão que olha para o Mundo a partir do hemisfério norte e que nem aí é rigorosa. Saindo das capitais, há actividades poluentes que o são, por uma questão de modelo de negócio. Por falta de investimento, por ganância ou porque sempre fizeram assim. O que se deveria questionar é se assim fará sentido o negócio que as suporta. Que alternativas existem.
E essas, podem ter apoios públicos? Defendemos que não.
Devem fechar portas? Defendemos que já passou o tempo da reconversão. As que não se adaptaram devem fechar portas. Já não lugar para empresários do século XIX que vivem à custa do Ambiente.
E quanto a multas? Devem ser muito pesadas e aplicadas a sério. Mas esse dinheiro não pode ir para nenhum cofre, deve ser aplicado na hora na reconversão dos prejuízos causados no local. Deve retornar às populações que foram prejudicadas.
quarta-feira, 27 de novembro de 2019
Rio Vez: um museu natural em Arcos de Valdevez
"A primeira fase do museu da água ao ar livre centra-se no troço do rio Vez, situado entre a sede do concelho e a freguesia de Vilela, e que pretende promover o património ambiental (flora e fauna), arquitetónico e etnográfico associado ao Rio Vez e seus afluentes".
Na notícia lê-se ainda "além da sinalização do património construído nas margens, o museu inclui, ao longo do trajeto, painéis informativos sobre a fauna, flora e ecologia do ecossistema ribeirinho, bem como do seu património construído e da sua história."
No Verão passado, tive oportunidade de ver como está cuidado o rio Vez, junto a Arcos de Valdevez e como as populações usufruem daquele espaço.
terça-feira, 26 de novembro de 2019
Dia da Cidade
Noticia a Rádio F, que amanhã será lançada a primeira pedra dos Passadiços do Mondego. Espera-se que seja apresentado o plano de trabalhos e data de conclusão.
Os Passadiços do Mondego e a despoluição do rio Noéme foram anunciados com pompa e circunstância fará amanhã 3 anos. No Noéme houve até agora uma limpeza das margens ao abrigo das verbas atribuídas pelo Ministério do Ambiente na sequência dos grandes incêndios que lavraram o concelho, um caminho que não sabemos se estará concluído (ou seja, se já se pode percorrer na totalidade, saindo por exemplo da Gata em direcção ao Rochoso) contudo, o verdadeiro problema - a despoluição das águas - não foi atacado ainda. Nem se sabe como nem quando vai ser.
segunda-feira, 25 de novembro de 2019
"O "descarregador de tempestade", in Sinais de Fernando Alves
"O repórter Delfim Machado leva-nos, no JN de hoje, ao local onde o rio Selho foi poluído com "milhares de litros de esgoto provenientes de uma tampa de saneamento da empresa pública Águas do Norte", tutelada pelo Ministério do Ambiente. É, desde Setembro, a terceira vez que tal acontece neste afluente do Ave, sempre na freguesia de Aldão."
Deve ouvir-se a crónica completa aqui.
sexta-feira, 22 de novembro de 2019
Na morte de José Mário Branco (1942-2019)
Como lembra o Sérgio Godinho no início da canção, o charlatão uma espécie que já não existe.
Nem charlatães, nem demagogos, nem promessas vãs, acrescentamos nós
Nem charlatães, nem demagogos, nem promessas vãs, acrescentamos nós
quinta-feira, 21 de novembro de 2019
Trump visita Portugal (6)
Afinal Trump não visitou a Guarda, nem sequer Portugal, porque ao saber pelas notícias que o Rio Noéme afinal já está despoluído, esta visita deixou de fazer sentido.
"São todos iguais", terá dito ele, "Afinal o Ambiente está primeiro".
terça-feira, 19 de novembro de 2019
“Há uma agropecuária sustentável e capaz de nos alimentar”, in podcast Perguntar não ofende
Uma excelente entrevista sobre sustentabilidade, ambiente e agricultura partindo de um projecto local.
segunda-feira, 18 de novembro de 2019
Perdoai-lhes Senhor
Conta a notícia que o Papa Francisco pretende introduzir a noção de crime ecológico.
À atenção dos confessionários da Guarda.
À atenção dos confessionários da Guarda.
domingo, 17 de novembro de 2019
“A morte da água”, de Ruy Belo
Um dos passeios que mais gosto de dar é ir a esposende ver desaguar o cávado. Existe lá um bar apropriado para isso. Um rio é a infância da água. As margens, o leito, tudo a protege. Na foz é que há a aventura do mar largo. Acabou-se qualquer possível árvore geneológica, visível no anel do dedo. Acabou-se mesmo qualquer passado. É o convívio com a distância, com o incomensurável. É o anonimato. E a todo o momento há água que se lança nessa aventura. Adeus margens verdejantes, adeus pontes, adeus peixes conhecidos. Agora é o mar salgado, a aventura sem retorno, nem mesmo na maré cheia. E é em esposende que eu gosto de assistir, durante horas, a troco de uma imperial, à morte de um rio que envelheceu a romper pedras e plantas, que lutou, que torneou obstáculos. Impossível voltar atrás. Agora é a morte. Ou a vida.
quinta-feira, 14 de novembro de 2019
Já estão prontos?
Dizia o presidente da Câmara da Guarda que os trilhos do Noéme estariam concluídos até Agosto.
Já podem "os habitantes do concelho (...) desfrutar das paisagens e do "bem-estar ambiental" existente nas margens do rio Noéme"?
quarta-feira, 13 de novembro de 2019
"Os Nossos Dedos", de Sophia de Mello Breyner Andresen
Os nossos dedos abriram mãos fechadas
Cheias de perfume
Partimos à aventura através de vozes e de gestos
Pressentimos paixões como paisagens
E cada corpo era um caminho
Mas um se ergueu tomando tudo
E escorreram asas dos seus braços.
Florestas, pântanos e rios
Viajámos imóveis debruçados,
Enquanto o céu brilhava nas janelas.
E a cidade partiu como um navio
Através da noite.
terça-feira, 12 de novembro de 2019
A propósito dos 100 anos de Sophia Mello Breyner
O programa "A força das coisas" transmitido na Antena 2, recuperou no sábado passado uma entrevista de 1980 dada por Sophia de Mello Breyner.
Quando questionada sobre que medidas tomaria para que "a Cultura habitasse a vida de todos os dias", uma afirmação sua, respondeu:
"A evolução das sociedades trouxe problemas novos, nomeadamente os ecológicos, porque são problemas sociais culturais, sociais e políticos, mas na sua essência são culturais porque se as populações não tiverem possibilidade cultural de defesa serão deserdadas de todos os seus bens naturais: acabarão por não ter água nos rios, acabarão por ter um ar que não se pode respirar. Mas para que as populações possam defender os seus rios, possam defender as árvores é preciso que tenham um mínimo de consciência cultural de defesa e tudo isto está profundamente ligado à vida quotidiana. Por isso defendo que levar a Cultura à vida quotidiana é um papel que deve ser feito na Comunicação Social."
Tão actual passados 40 anos. Continuamos com os velhos e aparecem novos problemas ecológicos e enquanto sociedade ainda não defendemos como devíamos o que é nosso. A consequência? Não no mesmo sentido que lhe queremos dar aqui para terminar o post, a mesma Sophia escrevia nos "Contos Exemplares": "As casas, as pontes, as serras, as aldeias, as árvores e os rios, fugiam e pareciam devorados sucessivamente". São-no mesmo - devorados será o termo certo.
segunda-feira, 11 de novembro de 2019
Condenação social
A Câmara devia divulgar a lista dos poluidores públicos e privados que diz possuir, para que ao menos a sociedade saiba quem anda a destruir o rio Noéme.
sexta-feira, 8 de novembro de 2019
Orçamento municipal para 2020
Lemos no artigo publicado n' O Interior que "no próximo ano a Câmara quer também iniciar a fase definitiva de despoluição dos rios Diz e Noéme."
Cabe perguntar:
1. As fases anteriores já foram concluídas? Em que consistiram? Já se pode percorrer o chamado "Caminho do Noéme" na sua totalidade?
2. Em que consiste "a fase definitiva"?
quinta-feira, 7 de novembro de 2019
Deve andar perdida numa gaveta
A resposta a este pedido de esclarecimento deve ter-se perdido nalguma gaveta das Águas do Vale do Tejo.
sexta-feira, 25 de outubro de 2019
terça-feira, 22 de outubro de 2019
terça-feira, 15 de outubro de 2019
Pedido de esclarecimento enviado às Águas do Vale do Tejo
Enviámos por email o seguinte pedido de esclarecimento às Águas do Vale do Tejo no dia 10 de Outubro de 2019:
Relativamente às informações prestadas pelo Governo à Pergunta Nº 2420/XIII/4 de 1 de Julho de 2019 "Persiste o atentado ambiental nos rios Diz e Noéme, na Guarda", formulada pelo Partido Ecologista "Os Verdes" (documento em anexo), gostaria de colocar as seguintes questões no que diz respeito às responsabilidades das Águas do Vale do Tejo S.A (AdVT).
A saber:
1. Quais foram as condições impostas pela AdVT para que a empresa têxtil encaminhe os seus efluentes para a ETAR de São Miguel através da Estação-Elevatória?
2. Uma vez que essas condições já foram aceites, como é indicado no documento, quando será concluída a avaliação por parte da AdVT?
3. Em que consiste essa avaliação?
4. A ETAR de São Miguel tem condições para tratar esses efluentes industriais?
5. A ETAR de São Miguel e a ETAR do Torrão estão a operar sem qualquer tipo de problema? Pode a AdVT afirmar categoricamente que as águas resultantes dos tratamentos não são também fontes de poluição do rio Diz e do rio Noéme?
6. Do ponto de vista técnico, em que consistiu a remodelação da ETAR do Torrão recentemente inaugurada?
7. Existem mais empresas industriais a encaminhar os seus efluentes para as ETAR de São Miguel e do Torrão? Quais?
A resposta a estas questões serão publicadas no blogue Crónicas do Noéme.
domingo, 13 de outubro de 2019
sexta-feira, 11 de outubro de 2019
Multas ambientais
Poluição do rio Noéme: 12 000 euros para a fábrica (revogada em tribunal) + 12 000 euros para a Câmara Municipal.
Atirar uma beata para chão: entre 25 a 250 euros de coima.
Ambas as situações devem ser punidas, mas a desproporcionalidade é por demais evidente. Este é um dos paradoxos da luta ambiental dos dias de hoje.
quinta-feira, 10 de outubro de 2019
Encher a boca de ecologia
Todos os partidos em campanha encheram a boca de ecologia. Para além de medirem a ecologia uns dos outros, chegaram até a disputar quem tinha a ecologia mais velha.
Sendo coerentes com o que proclamam há uma coisa que podem fazer já hoje: retirar os cartazes de propaganda eleitoral das nossas vistas.
quarta-feira, 9 de outubro de 2019
Restringimos determinados conteúdos e ações para proteger a nossa comunidade
Também não é possível partilhar links do blogue no Instagram (que também pertence ao Facebook).
Para protecção da comunidade.
terça-feira, 8 de outubro de 2019
Desrespeita os Padrões da Comunidade
Fui alertado para o facto de não ser possível partilhar posts do blogue no Facebook. Já contactei a rede social para que seja reposta a normalidade e não se conhecem para já as causas nem há quanto tempo dura, embora as mais credíveis sejam um erro do algoritmo ou uma possível denúncia do blogue. Certo é que por enquanto nenhum post pode ser partilhado.
Muitos dirão baixinho ou pensarão às escondidas que este blogue tem ao longo dos anos desrespeitado os padrões da comunidade onde se insere e que seria bem melhor que não existisse e não expusesse as misérias, mas a Liberdade de Expressão ainda tem sido o que de melhor o regime saído do 25 de Abril tem sabido manter. Cobardes sempre os houve, mas se as meia dúzia de linhas semanais sem interesse que por aqui se escrevem aborrecem, é mais ou menos fácil encontrar-me não é preciso recorrer a estes expedientes.
Não conheço os padrões por que se rege esta comunidade em particular mas se for necessário, posso passar uma semana a publicar vídeos de gatinhos até que se reponha a situação.
sábado, 5 de outubro de 2019
quinta-feira, 3 de outubro de 2019
"O paradoxo da luta ambiental", in Público
Subscrevo a opinião de Vítor Belanciano publicada no Público.
quarta-feira, 2 de outubro de 2019
O que foi dito na última campanha eleitoral
Fomos ao baú da última campanha eleitoral e verificámos que no debate da Rádio Altitude o candidato do PSD dizia não conhecer o problema do rio Noéme apesar de o Partido Ecologista "Os Verdes" ter questionado o Ministério do Ambiente do governo de então (suportado pelo PSD) na Assembleia da República (onde ele já se sentava). Carlos Peixoto demonstrava também fraca memória ao alegar que nunca tinha sido contactado para efeito apesar de lhe ter sido enviado um questionário por este blogue.
Já Santinho Pacheco, então candidato como hoje, respondia assim às questões colocadas por este blogue.
terça-feira, 1 de outubro de 2019
Sociedade PAN-queque
Na última sessão legislativa o PAN conseguiu eleger um deputado no círculo de Lisboa e, segundo dizem as sondagens, pode aumentar este número nas eleições que se avizinham. Este partido, urbano, fundamentalista da causa animal, não tem uma ideia para o País, muito menos para o profundo e distante de Lisboa, nem sequer uma visão ecologista global onde o conjunto "Homem", "Animais", "Natureza" coexistem. A sua proposta eleitoral pode ler-se aqui.
E antes que comecem os ataques, pois a máquina mediática do PAN e a vigilância permanente nas redes sociais, estão bem afinados, que fique bem claro: qualquer pessoa que maltrate animais deve ser exemplarmente punido e, quem o faz, não hesitará em fazê-lo também a qualquer ser humano. A menos que seja cobarde. É também muito claro que entre homens e animais se desenvolvem laços afectivos.
Nada melhor que verificar no site do Parlamento a actividade do deputado André Silva no último mandato. E trazendo ao assunto deste blogue, que preocupações ambientais relacionadas com os rios portugueses, motivaram intervenções do deputado. Identificámos duas: a participação numa delegação que visitou o rio Tejo e uma pergunta relacionada com o rio Sorraia. Não falo sequer do do nosso rio Noemi pois, não se localizando nos arredores da malha urbana de Lisboa, não é do conhecimento do PAN. A própria cabeça de lista do partido pelo círculo da Guarda respondeu neste questionário apenas saber do problema pela comunicação social.
O PAN não conhece o país, fora das áreas metropolitanas, e as suas tradições. País esse onde homens e animais coexistem e se respeitam desde tempos milenares. Trata a caça e a matança do porco, por exemplo, como barbárie animal. Nem se preocupa em analisar as diferenças: move-o a uniformização dos comportamentos e a imposição de estilos de vida (o vegano por exemplo), se for preciso de forma autoritária. Se um dia tiver poder para isso fá-lo-à. Não é verdadeiramente um partido ecologista porque a ecologia é mais que isso e necessita que se compreenda o contexto que nos trouxe até aqui. Não tem, por exemplo, uma ideia para a produção local, a agricultura familiar, as espécies autóctones...
A ecologia estuda a relação entre seres vivos, homem incluído, e meio ambiente. Para se ser ecologista em 2019 não basta declarar guerra ao plástico, repetir ao acordar e ao deitar a palavra "descarbonização" e fazer greve climática. Este fundamentalismo propaga-se depois pela sociedade do politicamente correcto, na prática e no discurso, sendo o último exemplo a declaração do magnífico reitor de Coimbra que proclamou abolir a carne de vaca das cantinas da Universidade.
Dou um exemplo: o meu avô punha a burra a tirar água da nora para regar, não hesitava em usar o aguilhão se a vaca à frente do arado se desviasse do rego ou bater com o cajado no chão se algum cão se aproximasse a ladrar. À luz da ideologia PAN seria certamente condenado e acusado de ser um perigoso delinquente e inimigo dos animais. Alguém que nunca tenha saído de Lisboa e do Porto diria horrores se soubesse. Mas o mesmo homem do campo, trabalhador e com poucos estudos, se intuísse que uma vaca estava para parir naquela noite, ia dormir para o estábulo para ajudar o bezerro a nascer. Haverá maior prova de amor? É a riqueza e a ternura desta relação Homem/Animal que os defensores da causa animalista não entende e que os mais fundamentalistas atacam.
A ecologia estuda a relação entre seres vivos, homem incluído, e meio ambiente. Para se ser ecologista em 2019 não basta declarar guerra ao plástico, repetir ao acordar e ao deitar a palavra "descarbonização" e fazer greve climática. Este fundamentalismo propaga-se depois pela sociedade do politicamente correcto, na prática e no discurso, sendo o último exemplo a declaração do magnífico reitor de Coimbra que proclamou abolir a carne de vaca das cantinas da Universidade.
Dou um exemplo: o meu avô punha a burra a tirar água da nora para regar, não hesitava em usar o aguilhão se a vaca à frente do arado se desviasse do rego ou bater com o cajado no chão se algum cão se aproximasse a ladrar. À luz da ideologia PAN seria certamente condenado e acusado de ser um perigoso delinquente e inimigo dos animais. Alguém que nunca tenha saído de Lisboa e do Porto diria horrores se soubesse. Mas o mesmo homem do campo, trabalhador e com poucos estudos, se intuísse que uma vaca estava para parir naquela noite, ia dormir para o estábulo para ajudar o bezerro a nascer. Haverá maior prova de amor? É a riqueza e a ternura desta relação Homem/Animal que os defensores da causa animalista não entende e que os mais fundamentalistas atacam.
Vi recentemente em Nova York carrinhos de bébé, onde na alcofa estava, no lugar da criança, um cão. Esta moda ainda não chegou cá, mas logo vai, é uma questão de tempo, porque em matéria de palermices somos, enquanto sociedade, geralmente rápidos a aderir. Da mesma forma que o cãozinho não deve ser o brinquedo do bebé, não é por se lhe vestirem umas ceroulas e o porem num berço que se deva tornar o príncipe lá de casa.
segunda-feira, 30 de setembro de 2019
E os deputados da Guarda que se sentam nas cadeiras do Parlamento?
Aos do PSD não lhes conheço nenhuma acção política que diga respeito ao rio Noéme. Do lado do PS, o deputado Santinho Pacheco (novamente candidato, desta vez em segundo lugar na lista) teve esta intervenção logo no início da legislatura. Não lhe conheço outra.
sábado, 28 de setembro de 2019
sexta-feira, 27 de setembro de 2019
Assunção Cristas esteve na Guarda
Assunção Cristas esteve na última Feira Farta na Guarda. Como antiga titular da pasta da Agricultura e Ambiente poderiam tê-la levado ao Noéme.
Mesmo não tendo deputado eleito pela Guarda pode fazer a luta pela resolução do problema na Assembleia à semelhança do que tem feito o Partido Ecologista “Os Verdes”.
quinta-feira, 26 de setembro de 2019
Carlos Peixoto já conhecerá o problema do rio Noéme?
Nas últimas legislativas, Carlos Peixoto (deputado do PSD) dizia não conhecer o problema de poluição do rio Noéme. Candidatava-se então, como cabeça-de-lista, ao segundo mandato na Assembleia.
Agora, repetente e com mais 4 anos de experiência parlamentar (anda por lá desde 2009) e preocupação pelos problemas do Distrito, estará em condições de dizer que está a par do assunto?
terça-feira, 24 de setembro de 2019
Se a moda pega
Se as cantinas da Guarda decidirem seguir o exemplo do magnífico reitor da Universidade de Coimbra, a carne de vaca Jarmelista desaparecerá de todas as ementas.
segunda-feira, 23 de setembro de 2019
Próxima reunião de Câmara
Tenho a certeza que na próxima reunião de Câmara a oposição irá questionar o executivo sobre que multas são estas que a Câmara anda a pagar e o estado do projecto de despoluição do rio Noéme.
domingo, 22 de setembro de 2019
"Câmara da Guarda não reduz IMI nem IRS. Dinheiro é necessário «para investimento»", in Rádio Altitude
... e para pagar multas ambientais.
sábado, 21 de setembro de 2019
Notas sobre o esclarecimento do Ministério do Ambiente
O Partido Ecologista "Os Verdes" perguntou no Parlamento e o Ministério do Ambiente foi obrigado a responder. Aprende-se sempre alguma coisa com estes esclarecimentos. Se eu fosse deputado, todos os meses teria perguntas a fazer sobre o rio Noemi e talvez assim se desenrolasse a história toda. Não percebo porque é que os deputados eleitos pela Guarda não o fazem. Se calhar até percebo.
Sobre o esclarecimento propriamente dito:
1. A Câmara da Guarda enviou um pedido de ligação dos resíduos da fábrica à empresa "Águas de Lisboa e Vale do Tejo". A fábrica terá aceite as condições mas falta ainda a ligação.
Se formos consultar o histórico deste blogue veremos que a planeada ligação há muito que está por fazer. E não há forma de acontecer. A quem serve esta situação?
2. A fábrica foi multada em 12 000 euros pela Agência Portuguesa do Ambiente, recorreu e um tribunal revogou. Tenho muita curiosidade em ler o recurso e o despacho por isso peço que se alguém tiver acesso a ele mo envie para publicação neste blogue.
3. A Câmara foi multada em 12 000 euros pela Agência Portuguesa do Ambiente e terá pago (nada é dito em contrário neste ofício). Ou seja, os contribuintes da Guarda são prejudicados pela poluição do rio Noéme e ainda pagam com os seus impostos as multas ambientais. Seria até possível dizer, que os contribuintes da Guarda pagam a poluição do Noéme.
sexta-feira, 20 de setembro de 2019
quinta-feira, 19 de setembro de 2019
Feira Farta
A ideia é boa, teria potencial assim se quisesse transformar esse evento num projecto sólido e sustentável de incentivo à agricultura familiar.
A valorização da agricultura familiar seria uma medida muito mais eficaz na defesa do Ambiente e dos ecossistemas do que os chavões com que os políticos enchem agora a boca, como "guerra ao plástico", "reutilização", "descarbonização".
A dinâmica da Feira é boa, trazer os excedentes da produção agrícola à cidade é positivo mas não se pode restringir a um fim-de-semana. Se a Câmara quiser fazer mesmo algo de estruturante porque não compra todo o ano, os excedentes agrícolas de quem cultiva? Refiro-me obviamente a um sítio onde os pequenos agricultores que têm o seu quintal pudessem ir vender a um preço justo e compensador o excedente da sua produção. Sem burocracia, fácil e ágil.
Seria um singelo incentivo a haver quintais cultivados em vez de estarem ao abandono e a Câmara poderia usar esses produtos nas suas cantinas.
Seria um singelo incentivo a haver quintais cultivados em vez de estarem ao abandono e a Câmara poderia usar esses produtos nas suas cantinas.
quarta-feira, 18 de setembro de 2019
Guerra ao plástico
Ouvido na Rádio Altitude (no âmbito da notícia da apresentação deste ano da Feira Farta): "Declarar guerra ao plástico!".
E aos poluidores do rio Noemi não declara guerra?
terça-feira, 17 de setembro de 2019
Plantar árvores
Respostas do PAN ao questionário
1. Qual o rio da sua infância?
Sendo (orgulhosamente) serrana, e da terra onde nasce o Mondego, considero que este é o rio da minha infância. Há cerca de 7 anos que “adotei” o rio Lizandro, cuja nascente situa-se relativamente perto do sítio onde vivo atualmente.
Quer seja ribeira, rio ou mar, o respeito pela água está sempre presente na minha vida.
2. Conhece o grave problema de poluição que afecta o rio Noemi?
Tenho acompanhado o problema da poluição do rio guardense pela comunicação social.
3. Se sim, o que fez no passado (dentro ou fora da Assembleia da República) para resolver o problema?
Não havendo uma representação local do PAN na região da Guarda, até ao momento, ainda não se trabalhou esta questão. A nível nacional, o PAN tem apresentado queixas, quer no SEPNA quer na APA, para situações semelhantes, da qual a poluição no rio Tejo foi a mais divulgada.
4. O que se propõe fazer no futuro?
O PAN propõe no seu programa eleitoral um reforço de meios na fiscalização e combate aos crimes ambientais. É certo que a legislação portuguesa na área do ambiente é bastante ambiciosa, mas na realidade fica muito aquém por falta de recursos para fiscalizarem e aplicarem coimas aos infratores.
Futuramente, irei acompanhar a situação do rio Noemi com mais regularidade e interpelar as autoridades ambientais, usando para isso a representação do PAN na Assembleia da República.
Chamo a atenção que, recentemente foram contratados os primeiros guarda-rios, que prevê-se que hajam em todos os cursos de água, graças a um diploma que o PAN apresentou na Assembleia da República, em Abril de 2018. A estes profissionais cabe-lhes guardar e proteger os cursos de água, fiscalizar a extração ilegal das areias, da pesca clandestina e de descargas de efluentes poluidores.
segunda-feira, 16 de setembro de 2019
A N2 está na moda
O primeiro-ministro em campanha percorreu a N2 e ficou maravilhado com as potencialidades do Interior. A N2 é instagramável e é trendy percorrê-la, até mesmo para um primeiro-ministro. Bom spin este, moderno e cosmopolita.
Mas o Interior é também o Noemi. O Interior é também a morte lenta da pequena agricultura familiar. O Interior são os incêndios. O Interior é também a destruição da paisagem e o corte de árvores autóctones. Deste Interior os novos partidos "ecologistas" não falam. Quando falam em crise climática não se lembram deste Interior nem das pessoas que aqui vivem.
Quando o primeiro-ministro percorre a N2, alegre e contente, não vê o rio Noemi poluído à mais de 30 anos, não questiona a autarquia, não questiona o seu Ministério do Ambiente e os seus serviços centrais (CCDR, ARH, APA, ...), não questiona o SEPNA, não se questiona a si próprio. E as comitivas que o acompanham será que se questionam ou o questionam a ele?
Quando o primeiro-ministro voltar à Guarda mendigar votos, que vá ao rio Noemi. Levem-no à Gata, levem-no ao Rochoso e façam com que as televisões mostrem a vergonha que ali está. E não falem em estudos e projectos que não se sabe em que ponto estão. Punam a sérios os poluidores, ponham fim às descargas poluente e depois disso, talvez, voltemos a ter um rio limpo. Não o deixem sair de cá sem assinar este compromisso.
domingo, 15 de setembro de 2019
Curiosidades cinéfilas
Sabiam que algumas cenas do filme "Dolor y Glória" (o mais recente do cineasta espanhol Pedro Almodóvar) foram filmadas na ribeira do Rochoso nos anos 80?
Podem ver-se alguns detalhes da rodagem, onde contracenam as actrizes Penélope Cruz e Rosalía, aqui.
sexta-feira, 13 de setembro de 2019
Resposta do Bloco de Esquerda às quatro questões colocadas ao candidatos à Assembleia da República
1. Qual o rio da sua infância?
Tendo nascido em 1957 na (então) vila de Gouveia, o meu contacto com rios apenas acontecia nas férias de verão com uma viagem anual a Sandomil (rio Alva) e outra a Ribamondego (Rio Mondego). Estes são os dois rios que, de algum modo, estão ligados à minha infância. Recordo com alguma saudade os dias passados nesses rios, com direito a almoço e lanche e a muitos banhos. Ambos os rios estavam limpos com águas cristalinas (e frias!).
2. Conhece o grave problema de poluição que afecta o rio Noemi?
Vivendo há mais de 20 anos na Guarda,conheço, infelizmente, o grave problema da poluição do rio Noemi. Como pratico Ciclismo (BTT) tenho tido possibilidade de ver in loco a situação deplorável do rio, nomeadamente quando há descargas poluentes.
3. Se sim, o que fez no passado (dentro ou fora da Assembleia da República) para resolver o problema?
O Bloco de Esquerda sempre defendeu a água como um importante recurso ecológico, económico e social. No passado recente, o Bloco de Esquerda da Guarda tem, por inúmeras vezes, alertado nos órgãos próprios - em especial na Assembleia Municipal da Guarda - para a grave situação da poluição do rio Noemi. De igual modo, quer nas eleições para as legislativas de 2015 quer nas recentes eleições para a Câmara Municipal da Guarda (2017) este problema foi sempre por nós levantado.
4. O que se propõe fazer no futuro?
O Bloco de Esquerda compromete-se a elaborar um Plano Nacional de Restauração Fluvial que tenha em conta a recuperação da qualidade da água, dos habitats e da biodiversidade. Obviamente, a situação do rio Noemi será contemplada.
quinta-feira, 12 de setembro de 2019
"La bióloga que obligó a los políticos a proteger los ríos", in El País
"A Jackie King le dieron el mar y eligió los ríos. Esta bióloga inglesa fue pionera en su modo de estudiar ecosistemas fluviales y cómo les afectan los cambios."
A história completa pode ler-se aqui.
quarta-feira, 11 de setembro de 2019
Campanha eleitoral
As alterações climáticas, a água, o ambiente, a sustentabilidade andam na boca dos candidatos a deputados em campanha. Mas só na boca porque a pegada ecológica do circo eleitoral é enorme.
Proponho-lhes que venham à Guarda, de comboio por causa das emissões de carbono, e mostrem ao Mundo o rio Noemi. E assinem todos um compromisso para a sua despoluição. Deste e de todos os rios portugueses, porque de grandes proclamações está a Assembleia cheia.
Para ser posto em prática logo no primeiro dia da nova sessão legislativa.
terça-feira, 10 de setembro de 2019
"O ambiente está na moda, mas o “capitalismo não é verde”, in Público
Reportagem do Público de 9 Setembro, na Festa do Avante.
segunda-feira, 9 de setembro de 2019
Candidatos a deputados pelo círculo eleitoral da Guarda
O círculo eleitoral da Guarda, que este ano vai eleger três deputados, apresenta estes candidatos. Como se pode ver, ideias haverá muitas para debater.
Neste espaço damos espaço a todos e enviámos a cada um deles o seguinte questionário:
1. Qual o rio da sua infância?
2. Conhece o grave problema de poluição que afecta o rio Noemi?
3. Se sim, o que fez no passado (dentro ou fora da Assembleia da República) para resolver o problema?
4. O que se propõe fazer no futuro?
Nota: Os endereços de email foram obtidos nos sites dos partidos indicados na CNE. Não conseguimos os endereços de email do PCTP/MRPP, do RIR e do MPT. Se alguém souber como contactar esses partidos agradeço que nos indiquem.
Neste espaço damos espaço a todos e enviámos a cada um deles o seguinte questionário:
1. Qual o rio da sua infância?
2. Conhece o grave problema de poluição que afecta o rio Noemi?
3. Se sim, o que fez no passado (dentro ou fora da Assembleia da República) para resolver o problema?
4. O que se propõe fazer no futuro?
Nota: Os endereços de email foram obtidos nos sites dos partidos indicados na CNE. Não conseguimos os endereços de email do PCTP/MRPP, do RIR e do MPT. Se alguém souber como contactar esses partidos agradeço que nos indiquem.
domingo, 8 de setembro de 2019
"Amazónia esventrada, oceanos acidificados, solos mortos. Eu?", in Diário de Notícias
Mais uma crónica muito acertada de Daniel Deusdado no Diário de Notícias.
sábado, 31 de agosto de 2019
As 7 coisas fundamentais para uma Cidade ser perfeita
“A bela Florença possui as setes coisas fundamentais para uma cidade ser perfeita: Em primeiro lugar, goza de uma liberdade completa; em segundo, tem uma população numerosa, rica e elegantemente vestida; em terceiro, tem um rio com água pura e cristalina, e moinhos intramuros; em quarto, tem controlo sobre castelos, vilas, terras e pessoas; em quinto, tem uma universidade, onde tanto se ensina grego como contabilidade; em sexto, tem mestres em todas as artes; por último, tem bancos e agentes comerciais por todo o Mundo”, escrevia em 1472 o ensaísta Benedetto Dei e cuja transcrição obtive na biografia de Leonardo Da Vinci, publicada este ano por Walter Isaacson.
A Guarda já tem o rio Noemi de água pura e cristalina. Das outras, quais lhes falta para ser uma cidade perfeita?
sexta-feira, 30 de agosto de 2019
A mensagem ambiental de Patti Smith
Patti Smith deu um magnífico concerto no Festival de Paredes de Coura.
Unindo-se a um público em êxtase, Patti Smith foi intercalando as músicas do seu vasto reportório com mensagens de união entre os povos e liberdade, contra os nacionalismos. Nada de novo tendo em conta o historial de intervenção da artista. Artista, performer, cantora, poeta.
Mas acrescentou neste concerto as preocupações ambientais que em 2019 tem vincado em diversas apresentações públicas. A luta contra o plástico, as alterações climáticas, enfim, o respeito pela “Mãe Terra” como referiu várias vezes ao longo do concerto. “How can we dance when our earth is turning?/ How do we sleep while our beds are burning?”.
No alinhamento do concerto fizeram também parte músicas de outros compagnons de route, engajados socialmente, porque o Rock, a Música, a Arte se não forem consequentes não serão mais que um acto fútil. “After the gold rush” de Neil Young foi uma delas:
"Well, I dreamed I saw the silver space ships flyin'
In the yellow haze of the sun
There were children cryin' and colors flyin'
All around the chosen ones
All in a dream, all in a dream
The loadin' had begun
Flying Mother Nature's silver seed
To a new home in the sun
Flying Mother Nature's silver seed
To a new home"
terça-feira, 27 de agosto de 2019
A resposta do SMAS Guarda ainda não chegou
Deve ter-se perdido.
Refiro-me a este assunto (cuja origem remonta a 2015). Ao fim de quantos anos prescreve?