Perante tal argumentação
E se o Galo não for culpado
De toda aquela poluição?
Pode às vezes ser enganado
Por pouco tempo isso acontece
Mas quando o levam por parvo
O povo nunca esquece.
Está um inocente preso
Urge o Galo soltar
Galinhas, patos e perus revoltam-se
Vão o Galo libertar!
Outros mais engalanados
Sem saber o que fazer
Olham p'ro dono das capoeiras
Esperam o que dizer.
P'ra pensar p'la própria cabeça
Coragem é preciso ter
Os cobardes preferem antes
Encostar onde está o Poder.
O dono ficou agitado
Perante tal revolução
O Galo finalmente solto
Lançou um bravo pregão:
"Por me terem libertado
O problema continua a existir
Os culpados vamos encontrar
De vergonha os tingir.
Prenderam o dono da capoeira
Já fugia de mansinho
Vergonha não encontraram
Até viram no bolsinho.
Prenderam-no a um poste
Para com justiça o castigar
Deitaram-lhe espuma do Rio em cima
Deram-lhe a água a cheirar.
Esperam tenha percebido
Tem de pôr fim à poluição
Senão cá estará o povo
Para lhe dar outra lição.
Sem comentários:
Enviar um comentário