quinta-feira, 25 de abril de 2019

“O Povo está com o MFA”

Um exemplo de dia bom é, quando me dizem que algo que escrevi causou um aborrecimento em alguém. Quanto maior tiver sido o aborrecimento ou a impertinência melhor. Não é muito popular nos dias de hoje dizer isto mas este blogue vive do aborrecimento alheio.

Se mais não tivesse havido, o 25 de Abril já teria servido de muito: aprender a não calar.

terça-feira, 23 de abril de 2019

O dia seguinte

A 19 km do local da descarga poluente, no dia seguinte o aspecto era este:


segunda-feira, 22 de abril de 2019

Dia da Terra

Numa passagem muita rápida pela imprensa de hoje, e relacionado com este tema, a abordagem é muito focada na mudança de comportamentos individuais.

Importante, mas não nos podemos esquecer que em Portugal, em 2019, ainda há descargas poluentes em rios.

sexta-feira, 19 de abril de 2019

terça-feira, 16 de abril de 2019

Caminho junto ao rio Noemi

Está em curso a construção do caminho junto ao rio Noemi.

domingo, 14 de abril de 2019

5 soldos

Tenho ouvido na rádio um anúncio a uma marca de azeite que relembra que antigamente quem arrancasse uma árvore tinha de pagar dois soldos e se fosse uma oliveira cinco. Não significa isso que houvesse algum tipo de preocupação ecológica avant la lettre: o povo pagava a multa ao Rei, ao senhor feudal ou à Igreja.

Nos dias de hoje não há Rei, a Igreja mantém a influência e o povo são os Cidadãos. não haverá formalmente senhores feudais mas continua a existir quem se aproprie dos recursos de todos, do bem comum, em proveito próprio: poluindo por exemplo as nossas ribeiras, ganham dinheiro em proveito próprio. Não têm pago nem dois, nem cinco soldos.

Os poderes públicos, demitindo-se das suas responsabilidades ou também tirando proveito próprio, permitem aos senhores da actualidade que o façam , esquecendo-se que representam e são eleitos pelos Cidadãos. Resta a estes, lutarem e fazerem-se ouvir.

quarta-feira, 10 de abril de 2019

E hoje como é?

Tomando a reportagem do post anterior como exemplo, haveria trabalho jornalístico a fazer, nomeadamente:

- actualmente qual o valor das multas para os poluidores?

- quanto tempo demora o processo desde a evidência de poluição, a descoberta do poluidor, elaboração do processo e pagamento da multa?

- desde finais da década de 80, que multas foram pagas e por quem pelo crime de poluição do rio Noemi?

terça-feira, 9 de abril de 2019

"Poluição dos Rios", Telejornal, 1990-08-03, Arquivo RTP

Não é sobre o caso particular do rio Noemi mas é muito elucidativa a reportagem transmitida no Telejornal da RTP de 03 de Agosto de 1990.

A ver no arquivo da RTP.

sábado, 6 de abril de 2019

"O meu grão de areia para salvar o planeta", in Público

Boa reportagem, lembrando-nos que cada um de nós pode contribuir para um Mundo e um Ambiente melhor. Mas cada um de nós é de facto um pequeníssimo grão de areia. Diminuir o uso de plástico, privilegiar a utilização dos transportes públicos, não deitar lixo na praia deveria vir incorporado na caixa que constitui o ser humano civilizado. Vai estando composto, sendo o papel da Educação e da Escola fundamentais para que as próximas gerações tenham outro tipo de preocupação.

A Comunicação Social, cada de um de nós, tem, para além destes básicos higiénicos, a obrigação e o dever de lembrar, mostrar, denunciar que existem em Portugal (e no Mundo) poluidores a sério, gente que faz da destruição dos recursos comuns um modo de vida. Não são pequenos grãos de areia, são toneladas de resíduos. Dinheiro que vai para alguns destruindo aquilo que é de todos. É aqui que falha o Estado, é aqui que se vê que os governantes são fracos.

segunda-feira, 1 de abril de 2019

"O rio Pasig é o coração de uma cidade que se tornou a sua vergonha", in Público

"O rio, considerado biologicamente morto nos anos 1990, é a casa de milhões de filipinos que, desesperados por encontrar trabalho, viram em Manila a oportunidade para uma vida melhor. Muitos acabaram a viver em construções ilegais nas margens do rio. O desperdício doméstico e os despejos industriais transformaram o Pasig num esgoto a céu aberto. A certa altura, a vida destas comunidades passou a girar em torno do lixo. O rendimento chega-lhes através dos detritos que produzem e que, mais tarde, recolhem do interior do rio."

Esta história do rio Pasig é demonstrativa que em todo o lado, nas mais diferentes latitudes, há vergonhas. Nas Filipinas como na Guarda, rios transformados em lixeiras, o dito progresso em confronto com a Natureza, poluidores contra populações, Estados "negligentes" como afirma a dada altura o fotógrafo.


A exposição a não perder:
Mário Cruz
"Living Among What’s Left Behind (Viver Entre o Que é Deixado para Trás)"
Palácio Anjos, Algés
De 6 Abril a 26 Maio