sábado, 28 de abril de 2018

Feira Ibérica de Turismo

Um estudo recente indica que nove em cada cem euros gerados na economia portuguesa vêm do sector do  Turismo. Alguns economistas dizem que esse valor é elevado numa economia sustentável.

A Câmara Municipal da Guarda inaugura hoje a quinta edição da Feira Ibérica de Turismo. Ao mesmo tempo, permite o crime de poluição que ocorre no rio Noemi e que foi bem visível nos últimos dias.

A Guarda deixa que se destrua o melhor que temos. Que prioridades são estas?


quarta-feira, 25 de abril de 2018

terça-feira, 24 de abril de 2018

Uma mão vazia, a outra cheia de nada

Até ao momento em que escrevo, o prometido estudo de despoluição dos rios Diz e Noemi é uma mão vazia e outra cheia de nada. Se alguém souber do seu paradeiro avise por favor.

sexta-feira, 20 de abril de 2018

Sobre a azáfama das últimas semanas

Nas últimas semanas vimos, a nível local e nacional, imagens de governantes de enxada na mão em acções de propaganda a propósito do final do prazo para limpeza das matas (31 de Março). 

Primeiro engano, não se está a fazer em Portugal nenhuma limpeza de matas: estão a limpar-se (e bem!)  terrenos que nunca foram de floresta, estão a proteger-se as aldeias de algo que nunca deveria ter sido permitido e que assim se manteve durante décadas até às tragédias do ano passado.

Segundo engano: a imagem do governante de sobretudo Hugo Boss e sapato engraxado não combina com enxada na mão. O spin politico, criado e desenvolvido no Reino Unido e nos Estados Unidos, chegou ao Sul da Europa sem qualquer critério do que parece bem ou é credível. Foram páginas e páginas de jornais, posts no Facebook e horas de televisão cheias de vergonha alheia que aqui não reproduzo.

Terceiro engano: porventura a intensificação das medidas agora tomadas, algum aperfeiçoamento e consciencialização por parte das populações impeça que se repitam as tragédias do ano passado em termos de vidas humanas, mas não trará mais gente para o Interior, não constitui uma reorganização do território, nem a resolução do flagelo que é o abandono dos campos. Para voltarmos a ter quintais, lameiros e terrenos cultivados à volta das nossas aldeias em vez de mato seria necessário um incentivo à pequena agricultura familiar. Lembremo-nos das palavras e da luta do nosso saudoso Mário Martins.

A maior transformação e destruição da paisagem de que há memória aconteceu numa época em que chegavam os primeiros Fundos Europeus e íamos ser modernos, era Primeiro-Ministro um senhor professor de Finanças chamado Aníbal Cavaco Silva e andava pela Secretaria de Estado da Agricultura e pelo Parlamento um senhor de nome Álvaro Amaro (usava ainda farto bigode) e que hoje aparece a bradar pelo Interior. A Memória é importante.

Nessa altura, as casas ficaram mais próximas da mata, dos pinhos, da "floresta" não porque as aldeias tivessem crescido mas antes porque a Natureza alterada pelo Homem se foi aproximando. Encolheram portanto as nossas aldeias. Uns entusiasmados, outros convencidos, outros ainda resignados e rendidos deixaram que lameiros, quintais, vinhas, terras de centeio fossem ocupadas por pinheiros sem que alguém fiscalizasse ("o que era preciso era metros para plantação") ou obrigasse sequer a que fossem plantadas espécies endógenas. Era preciso que crescessem rápido. 

Voltemos ao presente: o que está a ser feito hoje, e verifica-se um pouco por todo o concelho, é positivo e se consequente, poderá constituir a maior alteração da paisagem e do território desde finais da década de 80. É imperativo que estas medidas cheguem à Floresta propriamente dita, se renove o território com espécies endógenas e se olhe para o campo de forma estratégica e de longo prazo. Caso contrário, ano após ano veremos governantes a posar para a fotografia no Inverno e o País a arder no Verão.

segunda-feira, 9 de abril de 2018

Prémio Guarda-Rios 2018



Um amigo do Rio Noemi propôs o blogue "Crónicas do Noéme" ao Prémio Guarda-Rios 2018, promovido pela associação ambientalista Geota. 

Se concordarem com a causa, votem por favor no link até 19 de Abril.