Em Braga, como na Guarda. Contudo lá, a Câmara Municipal promete "ser “implacável” com o problema".
sábado, 24 de maio de 2014
terça-feira, 20 de maio de 2014
"Brasil: empresa que contaminou rios condenada a fornecer água e alimentos a famílias impactadas", in Greensavers
http://greensavers.sapo.pt/2014/05/17/brasil-empresa-que-contaminou-rios-condenada-a-fornecer-agua-e-alimentos-a-familias-impactadas/
Em Portugal, e em particular na Guarda, poluir não tem consequências.
Em Portugal, e em particular na Guarda, poluir não tem consequências.
domingo, 18 de maio de 2014
Homo Sapiens Industrialis, Homo Sapiens Politicus
“O homem industrial do mundo de hoje é como um touro à solta numa loja
de porcelana, com a simples diferença que um touro, com metade da
informação acerca das propriedades da loiça que nós temos acerca dos
sistemas ecológicos tentaria provavelmente adaptar o seu comportamento
ao seu ambiente, em vez de fazer o inverso. Pelo contrário, o Homo Sapiens Industrialis está disposto a adaptar a si a loja de porcelanas
e, portanto, fixou-se no objectivo de a reduzir a cacos no mais curto
período de tempo possível”, in The Ecologist.
Na Guarda, e no respeitante à poluição do rio Noéme, o Homo Sapiens Industrialis aproveitou a inércia e a complacência do Homo Sapiens Politicus e já há muito reduziu a cacos a loja de porcelanas. Mais, até a loja de porcelanas já lhe pertence. O Homo Sapiens Politicus da Guarda entregou-lhe as porcelanas de família que não são dele e de caminho entregou-lhe também o palacete onde estavam guardadas.
Existe ainda o Homo Sapiens Burocraticus parente muito próximo do Homo Sapiens Politicus, que mesmo sabendo o que se passa não faz nada. Abdica de aplicar as leis e encobre um e outro. Ou legisla tanto, que torna impossível a concretização dessas leis. Todos são responsáveis pela morte do rio Noéme. Se falássemos de um animal, todos teriam o seu sangue nas mãos.
Na Guarda, e no respeitante à poluição do rio Noéme, o Homo Sapiens Industrialis aproveitou a inércia e a complacência do Homo Sapiens Politicus e já há muito reduziu a cacos a loja de porcelanas. Mais, até a loja de porcelanas já lhe pertence. O Homo Sapiens Politicus da Guarda entregou-lhe as porcelanas de família que não são dele e de caminho entregou-lhe também o palacete onde estavam guardadas.
Existe ainda o Homo Sapiens Burocraticus parente muito próximo do Homo Sapiens Politicus, que mesmo sabendo o que se passa não faz nada. Abdica de aplicar as leis e encobre um e outro. Ou legisla tanto, que torna impossível a concretização dessas leis. Todos são responsáveis pela morte do rio Noéme. Se falássemos de um animal, todos teriam o seu sangue nas mãos.
quinta-feira, 15 de maio de 2014
"A revolta dos rios - Noémi e Diz", de José Fernandes
Publicado no dia 07 de Maio de 2014 no blogue Capeia Arraiana.
segunda-feira, 12 de maio de 2014
5 Anos!! (...de blogue; de poluição são mais de 30)
Numa floresta em chamas, os animais apressavam-se em sair dali o mais rapidamente possível. Um pequeno pintassilgo andava para a frente e para trás e, com uma pequena casca de noz, ia despejando água no fogo. Um lobo em fuga parou e perguntou-lhe: "Que fazes? Anda embora, isso não serve de nada". "Faço o que posso." respondeu o pintassilgo.
Cinco anos depois da criação deste blogue, sabemos bem a quem beneficia e a quem prejudica a poluição do rio Noéme. Mudou o executivo camarário mas o comportamento é o mesmo do anterior: não se obriga o poluidor a fazer o tratamentos dos seus efluentes. A estação-elevatória (anteriormente em falta) foi feita com dinheiros públicos continuando os contribuintes a financiar a actividade privada. São agora duplamente prejudicados: primeiro com a destruição do bem comum (o Rio!) e agora também com o financiamento das infraestruturas. O presidente-do-não-me-façam-falar cala-se neste processo, não esclarece, não põe termo.
Como eu disse num depoimento num fórum da Rádio Altitude, este executivo camarário baseia a sua actuação numa estratégia de comunicação habilidosa, lançando chavões para a opinião pública, sem contudo dizer como é possível falar em turismo na Guarda existindo um rio completamente morto ou que tipo de empresas quer atrair para o concelho, por exemplo. As poluidoras? Terão todas um rio como esgoto? A única solução que defende o interesse colectivo passa pela destruição da conduta que despeja no rio, se rapidamente os efluentes poluentes não forem encaminhados para a ETAR de São Miguel.
Até se poderia invocar que este é um problema local e que mais ninguém sabe dele para além dos que aqui vivem. Mas até isso é falso: conhecem-no as autoridades policiais, os organismos públicos locais e nacionais, o Governo, os deputados na Assembleia da República. Nenhuma destas honradas instituições que deveriam servir o interesse público interveio de forma firme para resolver o problema. A sua conduta neste processo tem sido muito semelhante ao que sai da conduta poluidora. Bem pode o povo queixar-se das troikas deste mundo, o poluidor mostrar papéis ou o Governo falar em saídas limpas, encardidas ou sujas pois naquilo que constitui a coluna vertebral de um País falhámos: a Justiça e o funcionamento das nossas instituições são próprias de um país do Terceiro Mundo.
"O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons." disse Martin Luther King. Têm de continuar os homens bons desta terra a exigir um rio Noéme limpo. É nossa obrigação entregar este património em bom estado às próximas gerações. Este blogue continuará a fazer o que puder.
Como eu disse num depoimento num fórum da Rádio Altitude, este executivo camarário baseia a sua actuação numa estratégia de comunicação habilidosa, lançando chavões para a opinião pública, sem contudo dizer como é possível falar em turismo na Guarda existindo um rio completamente morto ou que tipo de empresas quer atrair para o concelho, por exemplo. As poluidoras? Terão todas um rio como esgoto? A única solução que defende o interesse colectivo passa pela destruição da conduta que despeja no rio, se rapidamente os efluentes poluentes não forem encaminhados para a ETAR de São Miguel.
Até se poderia invocar que este é um problema local e que mais ninguém sabe dele para além dos que aqui vivem. Mas até isso é falso: conhecem-no as autoridades policiais, os organismos públicos locais e nacionais, o Governo, os deputados na Assembleia da República. Nenhuma destas honradas instituições que deveriam servir o interesse público interveio de forma firme para resolver o problema. A sua conduta neste processo tem sido muito semelhante ao que sai da conduta poluidora. Bem pode o povo queixar-se das troikas deste mundo, o poluidor mostrar papéis ou o Governo falar em saídas limpas, encardidas ou sujas pois naquilo que constitui a coluna vertebral de um País falhámos: a Justiça e o funcionamento das nossas instituições são próprias de um país do Terceiro Mundo.
"O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons." disse Martin Luther King. Têm de continuar os homens bons desta terra a exigir um rio Noéme limpo. É nossa obrigação entregar este património em bom estado às próximas gerações. Este blogue continuará a fazer o que puder.
terça-feira, 6 de maio de 2014
Pedido de contrato e coerência
Na última Assembleia Municipal da Guarda o presidente da Câmara Municipal disse que apresentará todos os documentos que a Assembleia lhe pedir.
Em mail que enviei aos Serviços Municipalizados, datado de 24 de Fevereiro de 2014 pedi que me enviassem os protocolos estabelecidos entre os Serviços Municipalizados de Água e Saneamento da Guarda, a Águas do Zêzere e Côa e a Têxtil Manuel Rodrigues Tavares, relativos ao encaminhamento dos efluentes da referida empresa têxtil para a ETAR de São Miguel através da Estação-Elevatória da Quinta da Granja.
Não tive resposta, aliás como a nenhum contacto que estabeleci com esses Serviços ou com a Câmara Municipal. Não há esclarecimentos a prestar aos Cidadãos. Dada a disponibilidade do presidente em esclarecer, espero que a mesma seja extensível aos Cidadãos em geral mesmo não pertencendo à Assembleia Municipal. Em relação a este assunto, ao contrário do que ele diz sempre, pretende-se que "fale" e esclareça tudo.
segunda-feira, 5 de maio de 2014
Feira Ibérica de Turismo da Guarda (4)
Repetir até à exaustão que a FIT é uma "BTL em ponto pequeno" (escolha o leitor a melhor opção):
B) Não faz crescer a FIT.
C) É o mesmo que dizer que temos um presidente-em-ponto-pequeno.
D) De Ibérica tem pouco pois não passa de Ciudad Rodrigo.
Este é um daqueles chavões feitos para encher comunicação social. Até pode ter efeito contrário ao pretendido estragando uma iniciativa que é positiva. A FIT ou outra feira deste género, tem espaço para melhorar e crescer (é o primeiro ano) e se conjugada com uma ajuizada estratégia de melhoramento e divulgação do território da Guarda (Guarda-região!) no resto do ano, pode dar frutos. Teve o mérito de trazer pessoas à rua, mas se fosse um visitante de fora, e no que ao concelho da Guarda diz respeito, não encontrei lá um motivo ou um folheto que me fizesse voltar por mais dias. A Agência para a Promoção da Guarda distribuiu informação e mapas sobre o Centro Histórico da Guarda, mas infelizmente esse património vê-se num dia!
Continua a fazer falta uma grande Feira da Produção Local onde produtores possam com regularidade e num espaço com boas condições apresentar os seus produtos e vendê-los ao público. Os novos modelos de negócio ligados à produção agrícola passam por vender localmente e na época os produtos que comemos. O tempo de passear os alimentos na estrada já passou. Quer a Guarda continuar a viver no antigamente?
Nota: Por falar em eventos que no passado também movimentaram milhares de pessoas na Guarda: este ano vai haver a recriação da Feira de São João e os Passos à Volta da Memória?