A reportagem que o Altitude (www.altitude.fm) transmitiu esta manhã. Um excelente trabalho do jornalista Joaquim Martins.
Reportagem
domingo, 31 de janeiro de 2010
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
Domingo, a partir das 11h em www.altitude.fm
Na última tarde do ano de 2009 tive uma agradável conversa com o Joaquim Martins, jornalista do Rádio Altitude. Falámos da poluição do Noéme, do blog, das memórias de outros tempos.
O resultado desta conversa será transmitido este domingo, a partir das 11h, a seguir à Revista da Semana em 90.9 FM ou na internet no site.
O resultado desta conversa será transmitido este domingo, a partir das 11h, a seguir à Revista da Semana em 90.9 FM ou na internet no site.
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
Os poluidores da Guarda
Continuamos sem notícias dos poluidores da Guarda. Como gerem os seus negócios, o que pensam, como produzem valor. Se comem lagosta ou sardinha assada. Se vão à ópera ou aos fados.
Nada.
Nada.
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
domingo, 24 de janeiro de 2010
Quercus
A Quercus tem uma delegação na Guarda. Talvez seja distracção minha mas nunca ouvi desta associação ambientalista uma tomada de posição sobre a poluição do Noéme, uma denúncia, um estudo que fosse.
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
"Saudade da prosa"
Poesia, saudade da prosa;
escrevia «tu», escrevia «rosa»;
mas nada me pertencia,
nem o mundo lá fora
nem a memória,
o que ignorava ou o que sabia.
E se regressava
pelo mesmo caminho
não encontrava
senão palavras
e lugares vazios:
símbolos, metáforas,
o rio não era o rio
nem corria e a própria morte
era um problema de estilo.
Onde é que eu já lera
o que sentia, até a
minha alheia melancolia?
Manuel António Pina
"Uma vida de aventuras"
Porque esta é a semana de Manuel António Pina e porque também ele teve um rio na infância.
"Uma vida de aventuras
O meu nome é Manuel António Pina. Nasci numa terra com um grande castelo, nas margens de um rio onde, no Verão, passeávamos de barco e nadávamos nus. Chama-se Sabugal e fica na Beira Alta, perto da fronteira com Espanha. Quando era pequeno, olhava para o mapa e pensava que, por um centímetro, tinha nascido em Espanha.
Mais tarde descobri que as fronteiras são linhas inventadas que só existem nos mapas. E que o Mundo é só um e não tem linhas a separar uns países dos outros a não ser dentro da cabeça das pessoas.
A verdade é que, por causa da profissão de meu pai, vivi (depois de ter nascido, antes não me lembro…) em muitas diferentes terras e, por isso, não tenho só uma terra, tenho muitas. Uma delas é o Porto, onde vivi mais tempo do que em qualquer outra, onde nasceram as minhas filhas e onde provavelmente morrerei um dia.
Como fui durante muitos anos jornalista, mais de trinta, viajei um pouco por todo o Mundo, da América ao Japão, da China ao Brasil, da África ao Alaska. E como sou escritor tenho viajado também por dentro de mim mesmo. E por dentro das palavras. Assim, apesar de ter nascido numa terra com um grande castelo, nas margens de um pequeno rio, não pertenço a lugar nenhum, ou pertenço a muitos lugares ao mesmo tempo. Alguns desses lugares só existem na minha imaginação. Porque a imaginação, descobri-o também, é o modo mais fantástico que há de viajar."
"Uma vida de aventuras
O meu nome é Manuel António Pina. Nasci numa terra com um grande castelo, nas margens de um rio onde, no Verão, passeávamos de barco e nadávamos nus. Chama-se Sabugal e fica na Beira Alta, perto da fronteira com Espanha. Quando era pequeno, olhava para o mapa e pensava que, por um centímetro, tinha nascido em Espanha.
Mais tarde descobri que as fronteiras são linhas inventadas que só existem nos mapas. E que o Mundo é só um e não tem linhas a separar uns países dos outros a não ser dentro da cabeça das pessoas.
A verdade é que, por causa da profissão de meu pai, vivi (depois de ter nascido, antes não me lembro…) em muitas diferentes terras e, por isso, não tenho só uma terra, tenho muitas. Uma delas é o Porto, onde vivi mais tempo do que em qualquer outra, onde nasceram as minhas filhas e onde provavelmente morrerei um dia.
Como fui durante muitos anos jornalista, mais de trinta, viajei um pouco por todo o Mundo, da América ao Japão, da China ao Brasil, da África ao Alaska. E como sou escritor tenho viajado também por dentro de mim mesmo. E por dentro das palavras. Assim, apesar de ter nascido numa terra com um grande castelo, nas margens de um pequeno rio, não pertenço a lugar nenhum, ou pertenço a muitos lugares ao mesmo tempo. Alguns desses lugares só existem na minha imaginação. Porque a imaginação, descobri-o também, é o modo mais fantástico que há de viajar."
Progresso
"O progresso trouxe-lhe só a degradação do Noémi como resultado da gestão autárquica pouco assisada. Parece até que as suas águas límpidas já não têm regresso. Mas, na sua população atenta reside a esperança num futuro melhor. Creio."
A frase com que começo é retirada da crónica de Aires Antunes Diniz - "A Estação Ferroviária de Vila Fernando" publicada na edição de 23 de Dezembro no jornal "Nova Guarda". Reflectindo sobre os prós e contras da industrialização da Guarda é difícil fazer um balanço positivo. A pouca indústria existente (cablagem automóvel, lacticínios e alguma indústria de lanifícios) está em falência, muito por culpa dos modelos de negócio adoptados. Não existe um "cluster" industrial, nem marcas que afirmem a marca "Guarda". As fábricas ligadas à indústria automóvel, estão na Guarda, como um pouco por todo o Mundo em declínio. Procuram mão-de-obra barata e produtividade. A qualificação e formação profissional foram muitas vezes postos de lado.
Se numa primeira fase a industrialização tirou da pobreza (e de um futuro ligado à agricultura de subsistência ou a Emigração) muita gente, com o declínio das fábricas sobraram pessoas com pouca formação, incapazes de mudar de rumo. O êxodo rural levou ao abandono dos campos agrícolas, à indústria que se pretendia trazer para a Guarda foram permitidas práticas semelhantes às existentes nos primórdios da Revolução Industrial. Poluíram-se os rios, esgotaram-se os recursos, as aldeias ficaram desertas, promoveu-se um certo "pato-bravismo"... Percebe-se agora (e sente-se) que a estratégia foi errada.
É fácil dizer, vinte anos depois, que a estratégia estava errada. Mas e o futuro? A Guarda parece viver com um pé em cada um dos espaços-temporais. Um pé no passado, tentando resolver o problema do desemprego com mais emprego precário (instalação de um centro de contacto tido como antídoto para todos os males), um pé no futuro (a esperança na chegada de empresas à PLIE). A PLIE teve (tem?) de facto condições para ser o grande investimento da Guarda.
Resta à Guarda, para se afirmar como pólo aglutinador da Região Centro tornar-se uma "cidade-criativa". Segundo os ideólogos do conceito "a aptidão para competir e prosperar na economia não se limita à troca de bens e serviços ou ao fluxo de capital e investimento, mas antes na habilidade das nações (nota minha: Região, Concelho, Cidade, Aldeia) em atrair, reter e desenvolver pessoas criativas. (...) O crescimento basear-se-à no futuro em Tecnologia, Talento e Tolerância". A Guarda tem grandes condições para agarrar esse futuro baseando-se em três vectores: Ambiente, Cultura e Património (material e de afectos) e nas Indústrias Criativas e do Conhecimento.
A frase com que começo é retirada da crónica de Aires Antunes Diniz - "A Estação Ferroviária de Vila Fernando" publicada na edição de 23 de Dezembro no jornal "Nova Guarda". Reflectindo sobre os prós e contras da industrialização da Guarda é difícil fazer um balanço positivo. A pouca indústria existente (cablagem automóvel, lacticínios e alguma indústria de lanifícios) está em falência, muito por culpa dos modelos de negócio adoptados. Não existe um "cluster" industrial, nem marcas que afirmem a marca "Guarda". As fábricas ligadas à indústria automóvel, estão na Guarda, como um pouco por todo o Mundo em declínio. Procuram mão-de-obra barata e produtividade. A qualificação e formação profissional foram muitas vezes postos de lado.
Se numa primeira fase a industrialização tirou da pobreza (e de um futuro ligado à agricultura de subsistência ou a Emigração) muita gente, com o declínio das fábricas sobraram pessoas com pouca formação, incapazes de mudar de rumo. O êxodo rural levou ao abandono dos campos agrícolas, à indústria que se pretendia trazer para a Guarda foram permitidas práticas semelhantes às existentes nos primórdios da Revolução Industrial. Poluíram-se os rios, esgotaram-se os recursos, as aldeias ficaram desertas, promoveu-se um certo "pato-bravismo"... Percebe-se agora (e sente-se) que a estratégia foi errada.
É fácil dizer, vinte anos depois, que a estratégia estava errada. Mas e o futuro? A Guarda parece viver com um pé em cada um dos espaços-temporais. Um pé no passado, tentando resolver o problema do desemprego com mais emprego precário (instalação de um centro de contacto tido como antídoto para todos os males), um pé no futuro (a esperança na chegada de empresas à PLIE). A PLIE teve (tem?) de facto condições para ser o grande investimento da Guarda.
Resta à Guarda, para se afirmar como pólo aglutinador da Região Centro tornar-se uma "cidade-criativa". Segundo os ideólogos do conceito "a aptidão para competir e prosperar na economia não se limita à troca de bens e serviços ou ao fluxo de capital e investimento, mas antes na habilidade das nações (nota minha: Região, Concelho, Cidade, Aldeia) em atrair, reter e desenvolver pessoas criativas. (...) O crescimento basear-se-à no futuro em Tecnologia, Talento e Tolerância". A Guarda tem grandes condições para agarrar esse futuro baseando-se em três vectores: Ambiente, Cultura e Património (material e de afectos) e nas Indústrias Criativas e do Conhecimento.
sábado, 16 de janeiro de 2010
Olimpíadas do Ambiente
Estão a decorrer as Olimpíadas do Ambiente, uma iniciativa da Universidade Católica, Quercus e Zoomarine que pretende trazer os estudantes dos diferentes graus de ensino para a problemática da conservação do Ambiente.
Já aqui referi que a Escola tem de ter um papel activo neste (e noutros domínios) e trazer os mais novos para a intervenção pública, para a discussão de ideias. Em vez de os formatar. Em vez de criar seres acéfalos, sem personalidade, sem causas.
Quantas escolas no concelho da Guarda terão apresentado projectos?
Já aqui referi que a Escola tem de ter um papel activo neste (e noutros domínios) e trazer os mais novos para a intervenção pública, para a discussão de ideias. Em vez de os formatar. Em vez de criar seres acéfalos, sem personalidade, sem causas.
Quantas escolas no concelho da Guarda terão apresentado projectos?
domingo, 10 de janeiro de 2010
Atravessar o rio
Em tempos mais antigos, a travessia do Noéme na zona do Rochoso era feita usando os pontões (havia três: junto ao apeadeiro, nas Poldras e junto à Ponte de Ferro. Perto dos Pisões havia umas pedras pequenas onde se pulava para atravessar) onde só passavam pessoas. Os animais faziam-no pela ribeira, muitas vezes puxando carregadas carroças. Do pontão os homens gritavam ("e vai e vai e vai, e vai vaca") procurando orientar os animais, esperando que esses não parassem a meio ou não ficassem com as rodas presas nas pedras. Se isso acontecesse, arregaçadas as calças, o homem teria de descer à água, fosse Verão ou Inverno (mesmos nos Invernos rigorosos de caudal intenso).
sábado, 9 de janeiro de 2010
Cheias
terça-feira, 5 de janeiro de 2010
O Dia Seguinte
Assumindo o fim das descargas poluentes até ao fim do primeiro semestre de 2010, o que irá ser feito depois tendo em vista o repovoamento do ecossistema?
Porque não envolver as Universidades com vista à elaboração de estudos para um repovoamento sustentável e monitorizado?
Porque não envolver as Universidades com vista à elaboração de estudos para um repovoamento sustentável e monitorizado?